A assembleia geral dos credores da Livraria Cultura aprovou a venda da Estante Virtual. Segundo os advogados da empresa, a livraria on-line será vendida por R$ 44 milhões.
A Livraria Cultura, atualmente em recuperação judicial, está cedendo seus ativos para tentar pagar as dívidas, que totalizam R$ 285 milhões. Além da Estante Virtual foi aprovada também a venda de créditos tributários que totalizam R$ 31,7 milhões.
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A Estante Virtual é uma plataforma online que atende cerca de 4 milhões de consumidores cadastrados. A Cultura, que adquiriu a plataforma em 2017, protocolou uma petição com o pedido de homologação da proposta no dia 13 de setembro. Entretanto, não foi informado se há interessados no ativo.
Livraria Cultura em recuperação judicial
O plano de recuperação judicial da Livraria Cultura foi aprovado em abril de 2019, após ser apresentado em outubro de 2018. A empresa tem que apresentar para a Justiça pedidos para a venda de seus ativos antes de realizá-los.
Na petição, a varejista argumenta que, “diante da manutenção
da crise financeira aguda no Brasil, e diante da necessidade de geração de caixa, é essencial para a manutenção e soerguimento das atividades que as recuperandas possam proceder a alienação de determinados ativos e UPIs [unidades produtivas isoladas] que não têm, neste momento, importância estratégica para a operação”
O prejuízo na compra da Estante Virtual
Em 2017, a negociação entre a Cultura e a Fnac para a compra da Estante Virtual causou espanto por conta da frágil situação financeira da varejista na época.
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Com a possível alienação da plataforma, os recursos obtidos serão preferencialmente revertidos para quitar despesas operacionais anteriores ao pedido de recuperação e quitação dos impostos.
A Cultura também quer utilizar os recursos da venda em ações de marketing, em uma tentativa de aumentar suas receitas e recompor o capital de giro.
“Assim como muitos outros grupos de empresas responsáveis e bem administradas, somos vítimas da profunda crise econômica que assola o país desde 2014”, afirmou a Cultura que também relatou que a incorporação da Fnac “prejudicou ainda mais o seu quadro de caixa deficitário”.
A Livraria Cultura afirmou que a plataforma Estante Virtual não possui mais “importância estratégica” para continuação das atividades.