Assaí (ASAI3) e Grupo Mateus (GMAT3) são as preferidas da XP para o varejo alimentar em 2024; confira

Em relatório sobre a dinâmica da inflação de alimentos e suas implicações para as varejistas alimentares em 2024, a XP (XPBR31) elegeu o Assaí (ASAI3) e o Grupo Mateus (GMAT3) como as preferidas do setor, embora a questão sobre as tendências climáticas ainda sejam um ponto de alerta.

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Ao citar as duas empresas, a XP reforça sua visão construtiva sobre o varejo alimentar, apoiada pela dinâmica positiva de vendas mesmas lojas (SSS), expansão da margem devido à maturação das lojas e alavancagem operacional, além de menor despesa financeira devido à desalavancagem e à redução das taxas de juros.

“Continuamos a ver o atacarejo como o melhor formato para estar exposto no segmento, pois ele deve beneficiar da perspectiva mais benigna da inflação e ser um dos primeiros da fila a se beneficiar do aumento do orçamento dos consumidores devido à sua proposta de valor atrativa”, escrevem os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer.

“Além disso, vemos espaço para surpresas positivas no crescimento do SSS, o que levaria a revisões de lucros para cima. Como referência, estimamos que, para cada expansão de +1 p.p do SSS nas operações de atacarejo, os lucros de 2024 aumentam em +6% para a ASAI3, +3% para a GMAT3 e +2% para a CRFB3″, completam.

XP: inflação de alimentos mais saudável pode favorecer varejistas alimentares

A XP avalia que após anos voláteis, com 2022 pressionando o crescimento do volume devido à renda apertada dos consumidores e 2023 pressionando os preços dos alimentos devido a uma deflação recorde de 5 anos, espera que 2024 registre um nível de inflação de alimentos mais saudável.

“Apesar das recentes revisões para cima da inflação para o fim de 2024, as previsões continuam a apontar para uma perspectiva benigna à frente, sem grandes surpresas de alta ou baixa por enquanto, apoiadas pela dissipação dos efeitos do El Niño a partir de abril e por uma oferta doméstica de grãos ainda robusta”, pontua a casa.

O banco também observa que apesar da atual perspectiva controlada, com a safra de milho deste ano, as tensões geopolíticas persistentes, o aumento dos preços do petróleo (+18% no acumulado do ano) e a probabilidade de La Niña em 2024 como possíveis riscos de alta.

Além disso, a XP estima que se a previsão de consenso sobre a inflação de alimentos (de +4,1%) se concretizar, isso será positivo para as varejistas alimentares – como Assaí e Grupo Mateus. Esse nível deve sustentar uma melhora no poder de compra, uma vez que o salário mínimo foi aumentado em 7% e a categoria representa quase 22% do orçamento das famílias de baixa renda.

“Como resultado, as empresas devem ser capazes de aumentar os preços e, ao mesmo tempo, crescer os volumes e, potencialmente, até mesmo se beneficiar de movimentos de troca para produtos de maior valor agregado”, declara o banco, que tem Assaí e Grupo Mateus como as suas preferências para o setor de varejo alimentar.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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