Asiáticas Petronas e QPI se destacam em leilão da ANP

As duas empresas asiáticas Petronas, da Malásia, e QPI, do Qatar, protagonizaram a 16ª rodada de licitações de blocos de exploração de óleo e gás da Agência Nacional do Petróleo (ANP), na última quinta-feira (10).

Juntas, Petronas e QPI investiram R$ 3,72 bilhões na aquisição de ativos no leilão. O montante é equivalente a 43% da arrecadação da rodada, que ficou em R$ 8,915 bilhões. Esse valor total também quebrou um recorde para um leilão de concessão.

A Petronas investiu R$ 1,945 bilhão para ter três blocos na Bacia de Campos. Com isso, a empresa da Malásia estreou na atividade de exploração de óleo e gás no País. A empresa asiática avalia, há alguns anos, fazer aquisições no Brasil. Em abril deste ano, a empresa fez um acordo, junto a Petrobras,para obter 50% dos campos de Tartaruga Verde e Módulo III de Espadarte. O valor do acordo feito com a estatal brasileira ficou em US$ 1,29 bilhão.

Atualmente os ativos negociados pela asiática no começo do segundo trimestre produzem aproximadamente 120 mil barris/dia. Entretanto, o negócio não foi fechado ainda.

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Desde 2017, a empresa asiática buscava oportunidades em leilões da ANP. Em 2013, a petroleira até fechou um acordo com a OGX para ter 40% do campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, porém o negócio não foi adiante por uma desistência. Isso se deu devido ao fato da petroleira OGX, de Eike Batista, ter entrado em recuperação judicial.

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A petroleira asiática tem, agora, um ativo de produção e um portfólio de blocos exploratórios no Brasil. A aquisição também faz parte da estratégia da Petronas de diversificação de portfólio.

Seguindo os passos da Petronas, a QPI também se destacou no leilão da ANP. A empresa adquiriu três concessões na Bacia de Campos pelo valor de R$ 1,92 bilhão. O negócio foi feito em parceria com a Shell e a Total. Com o fechamento das operações feitas no leilão, a QPI passa a ter nove blocos exploratórios no Brasil. O aumento de sua presença no país faz parte do plano de expansão internacional da petroleira.

Juliano Passaro

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