A pandemia do novo coronavírus (covid-19) teve efeitos dramáticos sobre as grandes companhias listadas no principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa. Algumas empresas apresentaram no período de março a agosto perda de 75% em seu valor de mercado.
As companhias como Azul e Embraer registraram forte desvalorização em razão do turismo que, devido as medidas de isolamento, foi um dos setores mais prejudicados economicamente. O setor de educação, com os alunos ficando em casa, também apresentou perda em valor de mercado.
Desse modo, salientando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco empresas que mais perderam valor de mercado durante a pandemia, conforme apontado pelos especialistas em renda variável da SUNO Research.
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1º IRB Brasil Resseguros
Em primeiro lugar das empresas que mais perderam o valor de mercado no período de março a agosto foi o IRB Brasil RE (IRBR3). No início da pandemia a companhia tinha o valor de R$ 30,9 bilhões e encerrou o mês passado sendo avaliada em R$ 9 bilhões.
Dessa forma, empresa de resseguros apresentou uma perda de 76,40%, esse resultado é equivalente a R$ 21,9 bilhões.
O IRB Brasil RE registrou um prejuízo de R$ 685,1 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo o resultado de lucro líquido de R$ 397,5 milhões que tinha obtido no mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou um lucro de R$ 13,9 milhões.
2º Embraer
A Embraer (EMBR3) se encontra em segundo lugar, com o setor de aviação sendo um dos principais afetados pela pandemia. Em março deste ano, a fabricante de aeronaves tinha o valor de R$ 12,4 bilhões. No entanto, encerrou agosto valendo R$ 5,4 bilhões.
Desse modo, a Embraer registrou uma desvalorização de 56,72%, valor correspondente a R$ 7 bilhões.
A companhia apresentou, no segundo trimestre deste ano, prejuízo líquido de R$ 1,667 bilhão e prejuízo por ação de R$ 2,26, frente a um lucro líquido de R$ 33,9 milhões e o lucro por ação de R$ 0,03 registrados no mesmo período do ano passado.
3ºAzul
A Azul (AZUL4), ocupa o terceiro lugar, com a queda na demanda de voos registrada nos meses anteriores com a comparação de base anual devido ao coronavírus. No início da pandemia, a companhia aérea tinha o valor de R$ 15,1 bilhões e finalizou o mês passado sendo avaliada em R$ 7,5 bilhões.
Dessa forma, a Azul apresentou uma perda de 50%, desvalorização de R$ 7,5 bilhões.
A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 3.140 bilhões no segundo trimestre deste ano. No ano passado, no mesmo período, a Azul teve lucro de R$ 343,2 milhões.
4º Yduqs
A YDUQS (YDUQ3) se encontra em quarto lugar do ranking de empresas que mais perderam o valor de mercado. A empresa do ramo de educação tinha o valor de R$ 15,6 bilhões e no final de agosto havia registrado R$ 8 bilhões.
Desse modo, a Yduqs registrou uma desvalorização de 47%, valor correspondente a perda de R$ 8,1 bilhões.
A companhia reportou um prejuízo de R$ 79,5 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 194,8 milhões apresentado no segundo trimestre do ano passado.
5º Cogna
A Cogna (COGN3) ocupa o quinto lugar. A empresa também do setor educacional tinha, em março, valor de mercado de R$ 18,8 bilhões. No final do mês passado, a companhia estava avaliada em R$ 10,6 bilhões.
Portanto, a Cogna apresentou uma perda de 43,5%, esse resultado é equivalente a R$ 8,1 bilhões.
A empresa registrou um prejuízo de R$ 454,735 milhões no segundo trimestre de 2020. Um resultado em queda de 425,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a gigante educacional tinha registrado um lucro líquido de R$ 139,581 milhões.
É importante ressaltar que a matéria “As 5 empresas que mais perderam valor de mercado” não se configura como uma recomendação de investimento.