Arthur Lira: Servidores “caíram ou foram cortados” e Polícia Federal será acionada

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que pedirá à Polícia Federal (PF) e ao Ministério da Justiça que apurem a queda de internet na Casa nesta terça (12). Isso ocorre pois a PEC Kamikaze foi aprovada em 1º turno, porém a sessão foi suspensa por conta da falha de conectividade.

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A PEC aprovada em votação comandada por Arthur Lira concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição e decreta estado de emergência nacional, sendo um dos principais pontos de discussão do Planalto no momento atual.

“A apuração será rigorosa e dura com essa coincidência na Câmara dos Deputados“, disse Lira.

Segundo o presidente da Câmara, dois servidores de internet caíram ou “foram cortados” ao mesmo tempo.

Na visão dele, o problema tecnológico é “grave” e “não é usual”. Mesmo assim, após uma força-tarefa do governo para mobilizar a base e estratégias de Lira no plenário, a PEC foi aprovada em primeiro turno.

“Foram interrompidos simultaneamente os dois links de Internet, fornecidos por empresas distintas. Trata-se de uma ocorrência grave e sem precedentes”, disse o parlamentar, em nota enviada à imprensa.

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A decisão da suspensão da votação por conta dos problemas de conectividade, segundo Lira, foi para que os deputados “exerçam o seu legítimo direito de voto”.

O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), chegou a falar em “fraude” e “ataque à democracia”, mas Lira negou que a votação no painel do plenário tenha sido fraudada.

Entenda a aprovação da PEC que Arthur Lira pautou

A “PEC Kamikaze“, pautada por Arthur Lira em 1º Turno, foi aprovada com 393 votos a favor e 14 contrários.

Articulada pelo Palácio do Planalto com a base governista no Congresso, a PEC aumenta o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 por mês e concede uma “bolsa caminhoneiro” de R$ 1 mil mensais.

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Além disso, a proposta inclui outros benefícios e tem um custo de R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos – a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior.

Segundo a legislação, não pode haver concessão de novos benefícios ou distribuição de valores em ano eleitoral, a não ser em casos excepcionais, como o estado de emergência.

Por isso, há um dispositivo na PEC que prevê a decretação de estado de emergência no país até 31 de dezembro, justificado pela elevação “extraordinária e imprevisível” dos preços do petróleo, combustíveis e seus impactos sociais.

Apesar de o plenário ter que votar os destaques da proposta e seguir com o 2º turno, o presidente da Câmara suspendeu a sessão, por conta dos problemas na internet da Casa. Assim, Arthur Lira convocou a sessão esta quarta (13) pela manhã.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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