A Arezzo (ARZZ3), dona das marcas Reserva e Baw, vem conversando com o Grupo Soma (SOMA3) – que adquiriu a Hering recentemente – sobre a compra da companhia. A negociação teria avançado. De acordo com o site Pipeline, o assunto será tratado de forma efetiva em conselho do Soma.
As fontes do site alertam que, embora vá ao conselho, o tema pode não ira para a frente. Só o burburinho fez as ações do Soma subirem mais de 9% hoje, enquanto as ações da Arrezo acumulam alta de 4% no dia.
De acordo com o Pipeline, uma eventual aquisição se daria, em parte, por troca de ações. Entretanto, o movimento é arriscado, visto que o grupo Soma é maior em Bolsa do que a Arezzo. Enquanto a proponente vale R$ 7,7 bilhões, sua provável adquirida está avaliada em R$ 11,25 bilhões.
A Arezzo, marca especializada em bolsas e sapatos, está em busca de empresas para fusão e aquisição no ramo de vestuário. Antes de a Hering fechar negócio com o Soma, a empresa de Alexandre Birman fez sua oferta pelo negócio, mas não venceu.
Mas outras aquisições prevaleceram no segmento de vestuário, como a compra das marcas Reserva e Baw. Birman já deixou claro que continua buscando mais empresas do setor de vestuário. Três bancos estão envolvidos nas conversas entre as gigantes Arezzo e Soma, segundo reportagem do site.
Posição acionária das empresas
Os controladores do grupo Soma detêm 37,62% das ações da companhia, num acordo de acionistas entre os fundadores das marcas. A maior posição individual na empresa é da família Jatahy. As gestoras Opportunity, Atmos e Verde têm pouco mais de 5% cada.
Já na Arezzo, os Birman detêm 45,84% do capital da companhia.
Na composição rascunhada após a possível aquisição do Soma pela Arezzo, Birman se manteria como controlador do Soma, disse uma fonte do Pipeline.