A Arquivei, startup de gestão de notas fiscais, levantou US$ 48 milhões (aproximadamente R$ 260 milhões) em uma rodada série B liderada pela gestora norte-americana Riverwood Capital. A empresa é responsável por tramitar 13% de todas as NFes no Brasil, que movimentam cerca de R$ 1 trilhão em nome de mais de 100 mil CNPJs.
Além da Riverwood Capital, investiram na Arquivei a gestora Constellation e os fundos NXTP e Endeavor Catalyst. O International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, também acompanhou o aporte, em linha com seu objetivo de incentivar o crescimento do setor privado nos países em desenvolvimento.
“Hoje os documentos fiscais têm um grande potencial de gerar inteligência de dados e nossa missão será transformar burocracia em oportunidade. Tudo que é desagradável e mal visto em notas fiscais nós transformamos em uma forma linear e tranquila de gestão”, diz o CEO da Arquivei, Christian de Cico.
A empresa nasceu um 2013, com a intenção do fundador, Christian de Cico, de resolver um dilema da construtora do seu pai, em São Carlos. O objetivo era não perder nenhuma nota fiscal de serviço. Hoje, o modelo de negócios da startup está embasado no gerenciamento das notas emitidas assim que um produto ou serviço é vendido, por meio de um sistema eletrônico que serve de alternativa aos comprovantes em papel ou e-mail.
O sistema da Arquivei é integrado a diferentes fontes de emissão e armazenamento, como a Secretaria da Fazenda, prefeituras e plataformas de gestão (ERPs). Os clientes dá startup conseguem consultar e baixar documentos, recebem alertas em caso de algum documento ser cancelado e tudo fica armazenado em nuvem.
Destino dos recursos da Arquivei
Segundo o Arquivei, os R$ 260 milhões serão usados em diferentes frentes. Uma delas é a de funcionários. O objetivo é contratar mais 150 funcionários ao longo de 2022, com foco nas áreas de produto, marketing e tecnologia.
Na frente de negócios, a startup quer investir em novos produtos e soluções. Um exemplo é o marketplace da Arquivei, em que as empresas poderão achar outras companhias para determinado produto, como serviços financeiros. Nesse ponto, a ideia é usar todos os dados processados para ajudar instituições financeiras na hora de conceder empréstimos.
“Com o aporte, queremos mudar esse cenário e revolucionar as operações de compras e pagamento, além de entregar insights e inteligência de negócio baseada em dados de documentos fiscais. A nota fiscal pode gerar comunicação e abertura de novos negócios entre empresas”, diz, em nota, o CEO da Arquivei.
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