A empresa Arm Holdings atingiu o maior IPO (sigla do inglês para oferta pública inicial) de 2023 no mercado americano. A desenvolvedora de chips controlada pelo SoftBank foi avaliada em US$ 54,5 bilhões, com os papeis da ação precificados a US$ 51.
O valuation da empresa ficou quase US$ 10 bilhões abaixo do avaliado pelo SoftBank, que recentemente comprou uma fatia de 25% da Arm para retomar seu controle total antes da abertura. Entretanto, o valor ainda está bem acima do que havia sido estimado em 2022, quando o SoftBank tentava vender a empresa à Nvidia, até o acordo ter sido barrado por reguladores.
SoftBank: Compra e venda da Arm (Nasdaq: ARM)
A corporação multinacional japonesa de telecomunicações SoftBank adquiriu a desenvolvedora britânica a US$ 32 bilhões, em 2016. Logo em seguida, a empresa negociou um quarto da empresa com a Vision Fund, sob sua administração, mas também com de outros cotistas.
Seis anos depois, em 2022, a japonesa já se preparava para a venda da Arm para a Nvidia. O acordo era estimado em US$ 40 bilhões, até que órgãos internacionais antitruste impediram a sua conclusão.
Pouco antes de lançar-se na Nasdaq, a bolsa de valores americana especializada em empresas de tecnologia, o SoftBank comprou de volta sua parcela da Vision Fund, avaliando a empresa em US$ 64 bilhões.
Como o IPO reflete o cenário atual do mercado
Com seu destaque na fabricação de chips de celular, um dos grandes interessados no IPO da Arm é a Apple (AAPL34). A marca mais bem avaliada em valor de mercado adotou os microprocessadores da companhia em seus notebooks Mac.
Além dela, Nvidia (NVDC34) e Google (GOGL34) também estariam interessados na oferta.
Com a oferta secundária da Arm, o SoftBank leva US$ 5 bilhões.
O IPO da empresa, a ser lançado nesta quinta-feira (14) pela manhã está atraindo a atenção de investidores em Wall Street e até mesmo no Brasil. Historicamente, estreiais na bolsa de valores podem decifrar o sentimento do mercado naquele momento e cenário econômico.
Um bom IPO fomenta empresas e investidores a executar novas operações no mercado, uma onda que pode iniciar no exterior, nos Estados Unidos, mas que uma hora acaba refletindo em território brasileiro.
Segundo afirmou o jornal New York Times, se as ações da Arm (Nasdaq: ARM) caírem, investidores saberão que o mercado de IPOs deve ficar congelado por mais um período. “Porém, se recebidas calorosamente, as ações podem instigar mais companhias a fazerem ofertas públicas nos próximos meses,” comentou o jornal.