A Argentina anunciou nesta sexta-feira (5) que voltou a restringir a entrada de produtos importados, alegando problemas cambiais em um momento em que o nação enfrenta uma forte crise econômica.
Há quase um mês, nenhum automóvel fabricado no Brasil entrou no país vizinho. Pelo menos 10 mil veículos, a maioria de modelos brasileiros, estão parados em portos da Argentina, à espera de uma autorização do governo, que monitora a entrada de produtos importados.
A situação preocupa as montadoras brasileiras de todos os segmentos pelo impacto que pode apresentar nas exportações ao mercado vizinho, o maior comprador de veículos nacionais e o terceiro maior parceiro comercial do Brasil. As vendas à Argentina já vinham registrando um forte declínio em função da crise econômica e da pandemia do novo coronavírus.
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As fabricantes no país vizinho, por sua vez, mostram preocupação quanto à falta de componentes para a produção local, visto que a maioria desses produtos provém do Brasil.
O impasse ocorre em um cenário de retomada da produção da indústria automotiva, após uma paralisação das fábricas de ambos os países para conter o avanço da pandemia.
Empresas acusam Argentina de quebra de contrato
As empresas alegam que as medidas do governo do presidente Alberto Fernández correspondem a uma quebra de contrato. Perguntadas, nenhuma entidade comentou sobre o assunto.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Associación de Fabricas de Automotores de Argentina (Adefa) estão conversando com o governo argentino e também levarão ao governo do Brasil, segundo fontes de mercado.
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As medidas acontecem em um momento em que as encomendas da Argentina começam a reagir, em razão das medidas de controle cambial. Os veículos voltaram a se tornar um investimento para aqueles que não querem deixar o dinheiro parado.
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