Inflação na Argentina é a segunda maior do continente em 2018

A inflação da Argentina fechou 2018 com a segunda maior alta do continente, atrás apenas da Venezuela.

No ano passado, a Argentina registrou 47,6% de inflação, acima dos 15% a 20% previstos pelo governo no início de 2018.

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Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15).

Além disso, o valor é o mais alto em 27 anos, período em que o país foi assolado por uma hiperinflação.

Em dezembro, a inflação apresentou sinais de queda, fechando o mês em 2,6%. Os dados são do Instituto de Estatísticas. Nos meses anteriores, o índice ficou em:

  • Novembro: 3,2%
  • Outubro: 5,4%
  • Setembro: 6,5%

Os principais responsáveis pela alta foram os setores de transportes (66,8%), por causa do aumento das tarifas, e o de alimentos e bebidas não alcoólicas (51,2%), pela desvalorização do câmbio.

O fim da política de subsídios, adotada pelos governos anteriores, como Nestor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015), contribuiu para o aumento.

O governo do presidente Mauricio Macri vem implementando cortes, como o fim das concessões para sustentar as tarifas dos transportes públicos.

Além disso, outras categorias, como combustíveis, roupas e serviços de saúde e educação também influenciaram a alta.

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Crise da Argentina

As negociações com o sindicato para os reajustes do salário seguiu os parâmetros estabelecidos pelo governo de 15% a 20%. Porém, no meio do ano, a inflação já tinha ultrapassado esse patamar. Com isso, houve protestos, greves e atos contra o governo de Mauricio Macri.

Em 2018, a economia argentina sofreu uma crise que levou o país a pegar um empréstimo de US$ 56 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina tenha apresentado recessão de 2,6% no ano passado. O peso argentino sofreu desvalorização de 51%.

Renan Dantas

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