Argentina: reestruturação da dívida externa tem 93,5% de aprovação
A Argentina divulgou que a proposta de reestruturação de US$ 65 bilhões de sua dívida externa teve repercussão positiva, com 93,5% de aceitação de seus credores privados. A notícia foi divulgada nessa segunda-feira (31).
O acordo com os credores privados da Argentina foi anunciado no início do mês de agosto, entretanto o prazo para a oferta terminou na última sexta-feira (28).
Dentro programa de renegociação, estão inclusas a emissão de dez novos bônus com datas de vencimentos entre os anos de 2030 e 2046, informou o ministro da Economia do país, Martín Guzmán.
O valor médio do cupom deve ser reduzido de 7% para 3,07%. “Buscamos que a sustentabilidade da dívida fosse uma política de Estado, não só de um governo”, disse Guzmán.
“Iniciamos as conversas com o FMI. Hoje, não há como pagá-los. Precisamos de um acordo para refinanciar essa dívida e ter mais tempo para recuperar a economia”, completou, se referindo as recentes negociações programa para reestruturar sua dívida externa.
Argentina negocia com FMI para quitar dívida de US$ 44 bi
A Argentina estaria negociando com o Fundo Monetário Internacional (FMI) visando implementar um novo programa para reestruturar sua dívida externa de US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 245 bilhões). A notícia foi divulgada nessa quinta-feira (27) pelo diretor executivo da organização internacional para a América do Sul, Sergio Chodos.
Após o início formal das negociações feitas nessa última quarta-feira (26), o FMI declarou que a Argentina tem o objetivo de quitar a dívida de quase US$ 44 bilhões contraída durante o governo do ex-presidente, Mauricio Macri.
Durante o ano de 2018, o então presidente Macri fechou um contrato com o FMI em que receberia o valor de US$ 57 bilhões com a finalidade de impedir a desvalorização excessiva do peso argentino e de impedir um novo calote da dívida.
Saiba Mais: Argentina negocia com FMI para quitar dívida de US$ 44 bi
No entanto, o país chegou a receber US$ 44 bilhões provenientes do acordo, antes que o atual presidente, Alberto Fernández, assumisse o cargo e cancelasse o programa no final do ano passado.
“A intenção da Argentina é buscar financiamento do FMI com o único propósito de pagar integralmente os US$ 44 bilhões que ainda são devidos ao Fundo”, afirmou o diretor executivo do FMI para a América do Sul.