O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, divulgou nesta quinta-feira (16) a proposta de reestruturação da dívida externa. O texto, no entanto, não apresenta consenso entre os credores.
O país vizinho procura entrar em um acordo com renegociar a dívida externa, que nos moldes atuais não tem condições de pagar. Nesse sentido, a Argentina anunciou a proposta de reestruturação perto de US$ 70 bilhões (R$ 266,1 bilhões) aos detentores de títulos internacionais.
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O ministro da Economia argentino declarou, em entrevista coletiva, que funcionários do governo ainda chegaram a um “entendimento” com os credores. No entanto, a oferta somente será compartilhada formalmente na próxima sexta-feira (17). Guszmán ainda comunicou que, sob sua proposta, a atxa média de juros que a Argentina pagaria seria de 2,23%.
A proposta inicialmente estava prevista para ser feita em meados de março, mas foi adiada em razão da pandemia do novo coronavírus. A crise atingiu fortemente a economia argentina e resultou em bloqueio no país.
FMI: Argentina está disposta a fechar acordo com credores
Segundo a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, a Argentina está agindo para chegar a um acordo com os credores estrangeiros.
“Eles vão fazer uma oferta porque não querem o ‘default’, querem encontrar o caminho para um acordo com os credores”, afirmou Georgieva, em entrevista à Bloomberg TV.
A diretora-geral do FMI informou ainda que entrou em contato diretamente com o ministro da Economia argentino recentemente. No entanto, afirmou que sua equipe está em estreita comunicação com as autoridades argentinas.
No último domingo, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que a oferta do governo aos credores estrangeiros refletiria os efeitos econômicos da crise provocada pela pandemia.
A Argentina também tem uma linha de crédito recorde com FMI, de US$ 56 bilhões. O governo comunicou que espera converter o valor em um novo programa com a instituição financeira internacional no futuro.
Atualmente, em meio a forte fuga de investimentos estrangeiros, os títulos do país são negociados abaixo da casa dos US$ 0,30. O FMI informou que a dívida argentina é insustentável e fez apelo aos credores para uma “contribuição significativa”.
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