Argentina diz precisar de acordo dentro sua capacidade

O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, declarou nesta sexta-feira (15) que o país objetiva garantir um acordo reestruturação da dívida qual seja capaz de pagar e que as negociações com credores continuam.

O ministro argentino afirmou que uma oferta foi realizada, até o momento não aceita pelos credores privados. No entanto, comunicou que o governo do presidente Alberto Fernández ainda está disposto a receber uma contraproposta. O prazo de vencimento da oferta de reestruturação da dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 380,9 bilhões) da Argentina foi adiado para 22 de maio.

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“Queremos acordo de renegociação da dívida dentro da nossa capacidade”, afirmou Guzmán durante evento online, organizado pelo Council on Foreign Relations. O ministro da Economia salientou que o país vizinho procura se tornar um bom pagador de suas dívidas. Para isso, porém, seria necessário que o projeto de reestruturação seja sustentável.

O economista também lembrou que a Argentina continua a dialogar com o Fundo Monetário  Internacional (FMI) para a reestruturação do pacote de auxílio.

Coronavírus eleva déficit fiscal da Argentina

Guzmán também defendeu que as medidas de restrição à circulação para conter a disseminação do novo coronavírus elevaram o déficit fiscal do país, porém eram necessárias para apoiar o quadro. Para o ministro da Economia argentino, a pandemia foi “um choque absolutamente massivo”.

Saiba mais: Argentina estende prazo para negociação da dívida de US$ 65 bi

O economista ainda lembrou da deterioração do quadro nos últimos anos, com a retração econômica, escalada da inflação, o aumento da taxa de desemprego e o crescimento da população em situação de pobreza. Dessa forma, ressaltou que a sustentabilidade da dívida como um fator crucial para a recuperação econômica do país.

“Enfrentamos grave crise gora, que inclui crise da dívida soberana”, afirmou o ministro da Economia da Argentina. “Quando mais cedo resolvermos (questão da dívida), será melhor para todos”.

Arthur Guimarães

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