Argentina negocia com FMI para quitar dívida de US$ 44 bi
A Argentina estaria negociando com o Fundo Monetário Internacional (FMI) visando implementar um novo programa para reestruturar sua dívida externa de US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 245 bilhões). A notícia foi divulgada nessa quinta-feira (27) pelo diretor executivo da organização internacional para a América do Sul, Sergio Chodos.
Após o início formal das negociações feitas nessa última quarta-feira (26), o FMI declarou que a Argentina tem o objetivo de quitar a dívida de quase US$ 44 bilhões contraída durante o governo do ex-presidente, Mauricio Macri.
Durante o ano de 2018, o então presidente Macri fechou um contrato com o FMI em que receberia o valor de US$ 57 bilhões com a finalidade de impedir a desvalorização excessiva do peso argentino e de impedir um novo calote da dívida.
No entanto, o país chegou a receber US$ 44 bilhões provenientes do acordo, antes que o atual presidente, Alberto Fernández, assumisse o cargo e cancelasse o programa no final do ano passado.
“A intenção da Argentina é buscar financiamento do FMI com o único propósito de pagar integralmente os US$ 44 bilhões que ainda são devidos ao Fundo”, afirmou o diretor executivo do FMI para a América do Sul.
Argentina fecha acordo com credores para reestruturação
O governo argentino fechou um acordo com três grupos de credores para a reestruturação da dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 348,12 bilhões). O acordo firmado no início de agosto permitirá que o país saia da inadimplência, após ter deixado de pagar os juros da dívida soberana do primeiro semestre deste ano.
Segundo o Ministério da Economia da Argentina, “o acordo permitirá que membros dos grupos de credores apoiem a proposta de reestruturação da dívida do país e concedam um alívio significativo da dívida“.
Saiba Mais: Argentina inicia formalmente as negociações com o FMI
O acerto se refere às negociações com o Ad Hoc Group of Argentine Bondholders, o Argentina Creditor Committee e o Exchange Bonjolder Group. Além disso, dentre os principais detentores de títulos argentinos estão Fidelity Management & Research, Monarch Alternative Capital LP, VR Capital Group, Greylock Capital Management e Pharo Management LLC.
Cinco dos títulos passíveis de troca estão inadimplentes, uma vez que a Argentina não pagou os juros de US$ 500 milhões em maio e outros US$ 600 milhões na última semana de julho, fazendo com que o País entrasse em default (calote) no mês passado