Argentina: ministro mostra otimismo com recuperação econômica
O atual ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, manifestou otimismo sobre o processo de recuperação econômica no País. Nesta segunda-feira (14), o ministro participou do evento virtual GZero Summit, promovido pelo Eurasia Group.
Na ocasião, o ministro da Economia da Argentina afirmou “nossas expectativas para 2021 são boas. A arrecadação tem melhorado”.
Em contrapartida, Guzmán alertou sobre a contratação de dívidas em dólar e destacou “temos e tomar cuidado com financiamento em moeda estrangeira. Não é o ideal”.
Cabe salientar que a declaração do chefe da Economia argentina acontece em meio às negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para estruturar as finanças argentinas, bem como pagar dívidas antigas e tomar crédito a juros mais baixos.
Em breve a Casa Rosada deve enviar o plano acordado com a entidade internacional ao Congresso local.
Entretanto, Guzmán afirmou que os objetivos fiscais podem atrasar devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), e também por conta dos programas de auxílio à população mais pobre criados durante a crise.
Na ocasião, o ministro lembrou que “há um princípio que seguimos no governo: não há como recuperar economia sem recuperar a sociedade, combater a pobreza”.
Em relação à inflação, o chefe da Economia argentina a considerou como “outro ponto de cuidado”. No entanto, ele afirmou que “estamos monitorando. Esperamos alta de 50% da inflação em 2020”, indicou, sem dar detalhes do que pode fazer para segurar a alta de preços.
Deputados na Argentina aprovam taxação de grandes fortunas
Há pouco menos de um mês, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou um projeto de lei que prevê a criação de um imposto sobre grandes fortunas. A proposta foi aprovada por 133 votos a favor, 115 contra e duas abstenções, segundo a imprensa local.
O projeto de lei prevê uma contribuição obrigatória única, desta forma, tributando aqueles que possuem ativos declarados que excedam 200 milhões de pesos (2,35 milhões de dólares) com uma taxa progressiva de até 3,5% para ativos na Argentina e até 5,25% sobre bens fora do país.
Chamado de “imposto aos milionários”, o projeto de lei vem de uma iniciativa do governo de Alberto Fernández, que espera arrecadar aproximadamente 3 bilhões de dólares.
Diante da nova proposta, a oposição liberal do ‘Juntos por el Cambio’ (Juntos pela Mudança) rejeitou a iniciativa e a denominou de “confiscatória”, ao passo que setores da esquerda anteciparam sua abstenção.
“A Argentina já tem muitos impostos e uma sonegação altíssima. Ao invés de criar novos impostos, o que se deve fazer é uma arrecadação eficiente dos impostos já existentes”, argumentou o deputado da oposição Álvaro González. Todavia, o partido no poder tem os votos necessários para garantir a aprovação do projeto na Câmara dos Deputados, mas dependerá de aliados para que o Senado o transforme em lei.
Com informações do Estadão Conteúdo.