A Argentina decretou nesta sexta-feira (21) um lockdown em várias regiões. A decisão vem em meio a um avanço no número de casos. Esta semana é, até agora, a pior em números de novos doentes confirmados e de mortes desde o início da pandemia no país. As informações são da BBC.
De amanhã até o dia 30 de maio, apenas atividades essenciais poderão funcionar na capital Buenos Aires. Atividades religiosas, educacionais e comerciais ficam suspensas.
Em fala na rede nacional de televisão, o presidente Alberto Fernández afirmou que o país passa pela situação mais grave desde o início da pandemia. “Estamos tendo a maior quantidade de casos e de falecidos. Um recorde (desde o início da pandemia no país). Não podemos naturalizar a tragédia. Temos que assumir a gravidade deste momento”, disse.
Alguns hospitais públicos e privados, segundo o presidente, estão operando em seus limites de lotação, apesar da corrida por busca de leitos e respiradores.
Argentina faz lockdown pela segunda vez
No primeiro semestre de 2020 a Argentina já havia decretado um lockdown, esse nacional. Desta vez, o fechamento total se dará apenas em algumas regiões. Além de Buenos Aires, Córdoba também passará pelas restrições.
O lockdown acontece em um momento em que os protestos se tornaram diários, principalmente no centro de Buenos Aires – nesta semana, empresas de turismo bloquearam avenidas pedindo ajuda ao setor. Grupos de esquerda também têm realizado manifestações por assistência social.
A Argentina já estava em recessão quando a pandemia iniciou em março de 2020. Os índices de pobreza e de desemprego já estavam subindo, o que foi agravado pela covid-19.
Segundo dados oficiais, a Argentina tem mais de 72 mil mortos e quase 3,5 milhões de infectados pela doença até agora.
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