A Argentina registrou em janeiro deste ano um déficit primário de US$ 60,65 milhões (R$ 269,29 milhões).
O resultado é muito inferior quando comparado ao obtido no mesmo período do ano passado. No mesmo mês em 2019, a Argentina registrou um superávit primário de US$ 268,26 milhões (R$ 1,2 bilhões).
De acordo com o ministro da Economia de Buenos Aires, Martin Guzmán, a decaída no resultado das contas públicas em janeiro é fruto de “um impulso em investimento social durante o início do ano”.
A crise fiscal na Argentina
Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec), a inflação na Argentina chegou a 53,8% em 2019. A porcentagem é o mais elevada desde 1991.
Saiba mais: Argentina fecha 2019 com inflação de 53,8%, maior valor desde 1991
Somente em dezembro, a inflação na Argentina aumentou 3,7% em relação ao mês anterior.
Em 2018, o avanço dos preços no país vizinho foi de 47,6%. A Argentina possui uma das inflações mais altas do mundo, sendo a segunda maior da América Latina, somente atrás da Venezuela.
Para tentar reduzir a alta, o governo argentino realizou um plano de paridade cambial entre o peso e o dólar em 1991. Naquele ano, a inflação chegou a 84%.
No entanto, o plano de paridade entre as duas moedas levou o país a uma crise econômica. Por conta disso, a Argentina declarou moratória de US$ 100 bilhões em 2001, quando o plano foi encerrado.
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