O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, anunciou nesta quarta-feira (26) o início formal das negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O País visa implementar um novo programa com o órgão mundial para reestruturar sua dívida pública.
Em uma carta à diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, o ministro da Economia da Argentina e o presidente do banco central solicitaram negociações formais, que levariam a um novo programa para suceder o “acordo stand-by de 2018, que já foi cancelado”.
O FMI concordou em lançar um programa de financiamento de US$ 57 bilhões (cerca de R$ 315,8 bilhões) para a Argentina em 2018, sob a administração anterior de Mauricio Macri.
“Estamos determinados a reiniciar o processo de busca de um caminho fiscal consistente assim que os efeitos da pandemia desaparecerem”, dizia a carta.
A carta detalha os objetivos do governo do atual presidente Alberto Fernandez para evitar uma nova queda na produção e no emprego, reduzir a inflação e restaurar a sustentabilidade da dívida.
Em comunicado separado, o governo disse que Fernandez informou a Georgieva por telefone que um novo acordo deveria se concentrar na recuperação econômica e na solução de problemas sociais urgentes.
Argentina fecha acordo com credores para reestruturação de US$ 65 bilhões
O governo argentino fechou um acordo com três grupos de credores para a reestruturação da dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 348,12 bilhões). O acordo firmado no início de agosto fará com que o país possa sair da inadimplência, após ter deixado de pagar os juros da dívida soberana do primeiro semestre deste ano.
Segundo o Ministério da Economia da Argentina, “o acordo permitirá que membros dos grupos de credores apoiem a proposta de reestruturação da dívida do país e concedam um alívio significativo da dívida“.
O acerto se refere às negociações com o Ad Hoc Group of Argentine Bondholders, o Argentina Creditor Committee e o Exchange Bonjolder Group. Além disso, dentre os principais detentores de títulos argentinos estão Fidelity Management & Research, Monarch Alternative Capital LP, VR Capital Group, Greylock Capital Management e Pharo Management LLC.
Cinco dos títulos passíveis de troca estão inadimplentes, uma vez que a Argentina não pagou os juros de US$ 500 milhões em maio e outros US$ 600 milhões na última semana de julho, fazendo com que o País entrasse em default (calote) no mês passado.
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