O Banco Central da Argentina avisou que manterá a taxa de juros em 60% até o final do ano para tentar frear a crise cambial e inflacionária que atinge o país.
No inicio de agosto, a instituição decidiu definir as taxas das Letras de Liquidez, como a nova maneira de política monetária.
“Para garantir que as condições monetárias mantenham seu viés contracionista, o comitê de política monetária (Copom) se compromete a não diminuir o valor de sua taxa de política monetária pelo menos até dezembro”, disse a instituição em comunicado.
O Copom também afirmou que seguirá de olho nos comportamentos da inflação e que adorará as decisões necessárias, se necessário, para atingir as suas metas.
A Argentina pediu auxílio para o FMI para tratar do assunto no mês passado.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que houve progresso nas
negociações para a liberação de mais empréstimos à Argentina ontem e que agora as discussões serão feitas em nível técnico para que possa ser apresentada rapidamente uma proposta à diretoria do Fundo
“Fizemos progresso na nossa reunião e vamos trabalhar juntos para fortalecer mais o programa das autoridades da Argentina amparado pelo FMI. Nossas discussões continuarão em nível técnico e, como eu disse antes, nosso
objetivo comum é chegar a uma conclusão rápida para apresentar uma proposta ao conselho do FMI”, afirmou Lagarde em um comunicado.
O FMI aprovou em meados deste ano um programa de empréstimos à Argentina no valor de US$ 50 bilhões. Deste total, US$ 15 bilhões seriam desembolsados imediatamente, e metade deste valor (US$ 7,5 bilhões) seria usado
exclusivamente para reforçar o orçamento do país.
Notícias Relacionadas