FMI afirma estar avaliando impacto do pedido de moratória da Argentina

Em resposta a moratória pedida pela Argentina, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que está analisando o impacto do pedido.

“Com relação à operação da dívida anunciada hoje pelas autoridade argentinas a equipe do FMI está analisando e avaliando seu impacto. A equipe entende que as autoridades tomaram essas medidas importantes para atender às necessidade de liquidez e salvaguardar as reservas”, informou o Fundo sobre o pedido da Argentina.

O comunicado do órgão foi divulgado após a reunião na última quarta-feira (28) com integrantes do governo argentino e seus opositores.

O porta-voz do FMI, Gerry Rice, informou que a equipe do fundo que foi designada à Argentina para a reunião já retornou aos Estados Unidos, mas,  continuarão mantendo contato com os representantes.

“A equipe permanecerá em contato próximo com as autoridades no período que se aproxima e o Fundo continuará em pé de igualdade com a Argentina durante esses tempos difíceis”, informou Rice.

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Argentina requisita moratório ao FMI

Na última quarta-feira (28) o presidente argentino Mauricio Macri pediu ao FMI a moratória em relação aos vencimentos da dívida da Argentina de US$ 56 bilhões, que começarão em 2021, em uma tentativa de aliviar o mercado cambial.

O ministro da Fazenda do país, Hernán Lacunza, disse que a “Argentina propôs [ao FMI] iniciar o diálogo para reperfilar os vencimentos da dívida”.

Veja Também: Pacote de 4 medidas para a extensão da dívida da Argentina

De acordo com Lacunza, a revisão do pagamento de bônus ao FMI, que tem 10% dos títulos, tem como objetivo aliviar as pressões sobre as reservas internacionais e habilitar que elas sejam utilizadas para intervir no mercado cambial além de “preservar” a moeda.

A Argentina passa por fortes turbulências financeiras, com uma depreciação do valor do peso acima de 20% e o índice de risco país subindo mais que 2.000 pontos após a derrota de Macri para o candidato de centro-esquerda Alberto Fernández nas primarias à presidência em 11 de agosto.

Poliana Santos

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