O ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Duvojne, está nos EUA. Ele vai encontrar-se com a presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, para atualizá-la do andamento das reformas fiscais do país e pedir mais recursos da instituição.
O FMI concordou em realizar um empréstimo à Argentina em junho, enviando US$ 15 bilhões ao país em uma tentativa de conter a crise econômica. Ao todo, um total de 50 bilhões de dólares seriam entregues durante o período de três anos.
No entanto, a crise econômica que assola nossos vizinhos só piorou, e a Argentina se viu forçada a pedir mais recursos de imediato. Segundo o governo, a primeira parcela recebida foi usada para reforçar as reservas do Banco Central argentino e as verbas orçamentárias, enquanto a mais nova remessa seria utilizada em “caráter precatório”.
Ontem, o governo do presidente Mauricio Macri anunciou duas medidas para tentar conter o desastre econômico: primeiro, o corte de nove dos 19 ministérios argentinos. Segundo, a implementação de um novo imposto sobre a exportação de produtos do país. Os passos têm como alvo segurar a inflação e impedir a recessão que assola o país de piorar, em uma tentativa de eliminar o déficit primário fiscal de 2019.
Desde o início do ano, o peso argentino perdeu mais de 50% de seu valor ante o dólar, com uma queda de 26% só em agosto. Cálculos indicam que a inflação em 2018 pode chegar perto de 30%. A taxa de juros terminará o ano em 45%.
Segundo especialistas, hoje o mercado argentino responderá indicando a sua confiança (ou falta dela) nas medidas anunciadas pelo governo ontem, dia em que o feriado nos EUA resultou numa redução no volume da bolsa.
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