O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, afirmou nesta terça-feira (7) que o país espera que o grupo de credores liderado pela BlackRock rejeite a proposta de reestruturação da dívida.
O economista também declarou, em entrevista a uma rádio local, que o grupo de credores Ad Hoc “deixou de negociar” e adotou uma posição que a Argentina não tem condições de atender. Por essa razão, o ministro falou da expectativa de que a nova proposta seja rejeitada.
O país vizinho formalizou recentemente um nova oferta para reestruturar a dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 347,75 bilhões) na Securities and Exchange Commission (SEC), nos Estados Unidos.
“Conseguimos um acordo com um certo número de credores, houve um diálogo construtivo. Mas há um grupo de investidores muito importante no mundo com o qual não chegamos a um acordo. Há um ponto em que eles deixaram de negociar e se colocaram em uma posição que a Argentina não pode sustentar. Esperamos que haja imediatamente um comunicado contra a oferta e que, depois, eles levem um tempo para avaliar e decidir”, avaliou Guzmán.
Argentina buscará acordo com grupo Ad Hoc
Apesar da expectativa de rejeição por parte da BlackRock, o ministro da Economia argentino afirmou que o país irá procurar chegar a um acordo junto ao grupo Ad Hoc antes de 4 de agosto, novo prazo de vencimento para que a oferta do governo.
“Houve diálogo com o grupo Ad Hoc, a questão é que, com esse grupo em particular, não conseguimos chegar a um acordo. Isso não quer dizer que daqui a 30 dias coisas não possam acontecer. As posições eram muito distantes e foram se aproximando”, detalhou Guzmán. “Temos o apoio de uma parte importante do mercado”, acrescentou o economista.
Saiba mais: Argentina deve apresentar nova oferta de dívida, diz presidente
O porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, declarou pouco após a fala do ministro da Argentina que a proposta revisada do governo representa um “passo importante” para que a dívida do país seja reestruturada.
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