O governo da Argentina autorizou que restaurantes e bares em todo o território nacional voltem a abrir para o público a partir da próxima segunda-feira (31). Entretanto, os estabelecimentos deverão garantir que mesas e cadeiras estejam nas calçadas e o respeito de protocolos de higiene. Foram também liberadas de forma gradual as atividades de construção, mas deverão ser estabelecidas regras por região, para definir protocolos.
Além disso, o governo da Argentina permitiu reuniões de até dez pessoas, sempre ao ar livre. Uma decisão que chega após aglomerações de pessoas tenham ocorrido em parques e praças de Buenos Aires e de outras grandes cidades do país vizinho.
A decisão não foi tomada de forma tranquila pelo Executivo de Buenos Aires. O chefe de governo da capital, que é da oposição ao atual presidente Alberto Fernández, defendia uma maior abertura. Ao contrário, os governadores da província de Buenos Aires, de Jujuy e Chaco, que resultaram as regiões mais afetadas pela pandemia de coronavírus (covid-19), pediam para manter a quarentena dura.
A decisão também chegou no mesmo dia em que a Argentina registrou um número recorde de contaminados: 11.717. Essa alta elevou o número de casos acumulados em 392.009. Além disso, foram registrados 222 mortos, alcançando um total de 8.271 vítimas.
Restaurantes reabrem na Argentina
O governo da Argentina ainda não comunicou todas as regras para os proprietários de restaurantes e locais públicos sobre como se poderá avançar sobre a calçada. O Executivo alertou que no momento apenas os locais que já tinham essa permissão poderão atuar imediatamente. Todos os outros terão de pedir permissão à suas prefeituras.
Todavia, muitas pessoas estão pedindo comidas “take away”, dizendo que a levariam para casa, mas mesmo sem a autorização sentam-se nas calçadas.
A pressão do setor gastronômico sobre o governo da Argentina continua muito forte nas últimas semanas, já que o setor é uma das principais atrações da capital e de várias cidades do interior. Desde o começo da pandemia, apenas em Buenos Aires, 30% dos locais já faliram, não conseguindo fechar as contas apenas com os serviços de delivery.
Notícias Relacionadas