Argentina alcança “um entendimento” com um dos grupos de credores
O ministro da Economia da Argentina, Martin Guzman, informou nesta quinta-feira (25) que o país se entendeu com um dos seus credores para reestruturar os US$ 65 bilhões (cerca de R$ 345 bilhões) em dívidas no exterior. Segundo a autoridade, isso não significa que chegaram a um acordo formal, já que grandes conflitos permanecem com outro grupo de credores.
“Estamos conversando com dois grandes grupos. Com um deles, conseguimos chegar a um entendimento sobre uma série de questões importantes ”, explicou o ministro da Argentina.“ Com o outro grupo, ele se chama Ad Hoc, há grandes diferenças.”
O contraste nas posições dos detentores de títulos mostra a complexidade das negociações de dívida da Argentina, que estagnaram na semana passada após não conseguirem chegar a um acordo, levando a sucessivas prorrogações do prazo limite. O governo estendeu as negociações até 24 de julho.
Os credores dizem que a Argentina rejeitou o que consideram ofertas sustentáveis. Por sua vez, Guzman disse que os bondholders da “Ad Hoc” buscaram mudanças injustas nas cláusulas de ação coletiva, conhecidas como CAC, nos contratos de novos títulos que o país venderia.
As cláusulas de ação coletiva (CAC) estabelecem um limite para os credores aceitarem um contrato de um devedor. Dessa forma, se uma certa porcentagem de bondholders concordarem com a oferta, todos deverão aceitá-la.
A Argentina entrou em um impasse na renegociação das dívidas
As negociações da reformulação da dívida Argentina entraram em um impasse na última quinta-feira (18) devido a crescente tensão entre funcionários do governo e credores internacionais.
Os credores e a Argentina declararam na última que recusam os termos que estavam sendo negociados para a restruturação da dívida pública.
Saiba mais: FMI mantém esperança de que Argentina e credores chegarão a acordo
O governo argentino informou que não poderia “se comprometer de forma responsável” com os termos oferecidos pelos credores. Também acrescentou que alguns eram “amplamente inconsistentes com a estrutura de sustentabilidade da dívida para a Argentina restaurar a estabilidade macroeconômica e avançar em direção a um programa com o FMI“.