Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Arezzo (ARZZ3) passou por uma grande transformação, quando deixou de ser apenas uma empresa de sapatos para se tornar uma companhia de vestuário superdigital após lançar um marketplace que reúne marcas que não fazem parte do grupo.
As mudanças feitas pela Arezzo agradaram os investidores que antes viam uma limitação para a empresa continuar crescendo. Atualmente os papéis da companhia já avançaram 11% em comparação ao período pré-pandemia.
De acordo com analistas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo a companhia de vestuário superdigital atravessou bem a crise, ampliando sua participação no mercado para 30,9% ante 25%.
De acordo informou a analista do Itaú BBA, Helena Villares, ao jornal, a Arezzo foi capaz de se adaptar rapidamente. “Já tinham um online forte e conseguiram torná-lo mais relevante. Bem mais do que a gente imaginava. Conseguiram adaptar também a produção e acompanhar mais de perto as mudanças do consumidor (passaram a lançar novos produtos a cada 15 dias)”.
No entanto, Vilares destaca que “A Arezzo tem muita coisa para fazer: integrar a Reserva, iniciar uma operação feminina, começar mais forte com calçados masculinos. A preocupação é se vai dar conta de tudo”.
Além disso, após a incorporação da Reserva, o mercado alvo da companhia passou de R$ 12 bilhões para R$ 40 bilhões. A Arezzo ainda aponta que pretende fazer novas aquisições. De acordo com Aline Penna, diretora de estratégia, a companhia continua “olhando ativos de vestuário, mas não olhamos só para marcas. Também estudamos (empresas de) tecnologias que possam viabilizar o ecossistema que queremos construir. Para muitos desses ativos, criamos o ZZ Ventures”.
Arezzo conclui compra da Reserva e aprova aumento de capital
Em meados de dezembro a companhia de moda comunicou que seu conselho de administração aprovou efetivamente a incorporação de ações de emissão da VamoqueVamo (VQV), controladora da empresa de moda Reserva. O conselho também aprovou o aumento de capital social da Arezzo.
Segundo o fato relevante, o aumento do capital social da Arezzo, no montante de R$ 456 milhões, será mediante a emissão de 8,6 milhões de novas ações ordinárias em favor dos acionistas da VQV.
Portanto, o capital social da empresa de moda passa a ser de R$ 808,7 milhões com 99,6 milhões de ações ordinárias. O documento salienta que com a consumação da incorporação dos papéis, a VQV se tornaria subsidiária integral da Arezzo.
Com informações do Estadão Conteúdo.