Arezzo (ARZZ3) vai à Bolsa e capta R$ 830 milhões com oferta de ações
Com o objetivo declarado de se tornar um ecossistema de moda, a Arezzo (ARZZ3), ainda conhecida pela sua marca de calçados, acaba de colocar R$ 830 milhões no caixa após realizar sua oferta subsequente de ações (follow-on) na Bolsa brasileira. A empresa de Alexandre Birman deixou claro, em encontro com investidores ao longo do processo de captação, que pretende financiar sua expansão via aquisições.
A ação da Arezzo teve o preço definido em R$ 82,35, com a demanda superando o volume da oferta em seis vezes, conforme fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S.Paulo. Investidores estrangeiros ficaram com cerca de 40% do volume. O lote adicional foi vendido por causa da alta demanda entre investidores. Foi a primeira captação em Bolsa da companhia desde seu IPO (oferta inicial de ações), há 11 anos.
A capitalização foi concluída dois meses depois de a empresa anunciar a aquisição da marca Carol Bassi, por R$ 180 milhões – transação que marcou sua entrada no segmento de moda feminina. A empresa já havia comprado a Reserva, de roupas masculinas, em 2020. Adquiriu também marcas menores, como Troc (brechó virtual), MyShoes e BAW.
Depois de vários meses negativos para o mercado de renda variável brasileiro, o início de 2022 tem sido melhor, com auxílio de investidores estrangeiros. Assim, mesmo que a aversão ao risco esteja afetando empresas que desejam estrear na B3, existe espaço para as ofertas de empresas já listadas, como a Arezzo. A oferta foi coordenada por BTG Pactual, Bofa, XP, Santander e BB UBS.
Na semana passada, o Goldman Sachs publicou um relatório no qual informava que a posição da Arezzo está acima da média histórica, mesmo com a alavancagem atual da empresa. O banco vê o momento como relativamente confortável, considerando a forte geração de fluxo de caixa da empresa, o que poderia permitir que a desalavancagem fosse rápida.
“Vemos o follow-on anunciado como um ponto positivo estratégico para Arezzo”, afirmam os analistas. O maior destaque para o banco é especialmente a possibilidade contínua de negócios adicionais de fusão e aquisição, o que é consistente com o que já havia sido declarado pela administração da Arezzo de expandir a marca.
Última cotação da Arezzo
Na última sessão, quinta-feira (3), a Arezzo encerrou o pregão com alta de 1,21%, negociada a R$ 82,99.
(Com informações do Estadão Conteúdo)