Arezzo (ARZZ3): Ações sobem com compra da Vicenza; XP e Goldman recomendam papéis
As ações da Arezzo (ARZZ3) fecharam em alta de 3,31% nesta terça (17), cotadas a R$ 80, após a companhia informar ao mercado que adquiriu a marca de calçados Vicenza por R$ 103,8 milhões. Essa aquisição foi bem vista pela XP Investimentos e pelo Goldman Sachs, que reforçaram a recomendação de compra dos papéis.
De acordo o mapeamento do Status Invest, por volta das 16h desta terça, as ações ARZZ3 registravam alta de 3,89%, ao preço de R$ 80,44. Neste mês, os papéis subiram 8,53% e, nos últimos 12 meses, a valorização foi de 22,87%.
No comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa de moda destaca que a Vicenza conta com mais de 30 anos de atuação no mercado de calçados e bolsas.
“No ano de 2022, a Vicenza teve receita operacional bruta de aproximadamente R$ 80 milhões, e Ebitda [Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] de aproximadamente R$ 13 milhões”, detalha.
“A operação insere-se na estratégia da companhia de ampliação de seus negócios no setor
de moda e varejo, com o crescimento e expansão do mercado de calçados das classes sociais A e B. Por meio da diversificação de produto e expansão de marcas em seu portfólio, a Arezzo&Co segue reafirmando o seu posicionamento como uma das maiores ‘house of brands’ do Brasil”, complementa.
Arezzo: análises sobre compra da Vicenza
Em relatório, o time da XP Investimentos ressalta que o valuation da Vicenza não parece barato. Porém, os analistas estimam que “os múltiplos de EV/EBITDA pós sinergias possam cair para patamares de 8-6x em 2023-24e”, o que torna a aquisição positiva.
“Conforme antecipado em seu Investor Day, a Arezzo está totalmente preparada para mais aquisições, com expertise para integração e diversas oportunidades estratégicas para expandir o mercado endereçável da empresa”, afirma os analistas da XP Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday.
Mantemos nossa recomendação de compra, uma vez que a companhia tem um forte time de executivos, um histórico comprovado de aquisições e conta com fortes avenidas de crescimento à frente.
Os especialistas do Goldman Sachs também enxergam essa aquisição como um ponto positivo estratégico na empresa de moda, porém, “em pequena escala”.
“Acreditamos que a aquisição se encaixa na estratégia da Arezzo de se tornar uma casa de marcas, aumentando sua presença no setor de calçados femininos, mas para uma situação relativamente diferente em comparação com seu portfólio atual”, complementa os analistas do Goldman Sachs Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.
Para o banco internacional, o preço-alvo dos papéis em 12 meses é de R$ 121 — potencial de crescimento de 56,3%, em comparação com o fechamento das ações da Arezzo no pregão de segunda (16), quando os papéis eram negociados por R$ 77,43.