Casos de “vaca louca”: Arábia Saudita retoma importação de carne bovina; China mantém suspensão
A Arábia Saudita retomou na quinta-feira (16) as importações de carne bovina de cinco frigoríficos de Minas Gerais, de acordo com o site da Saudi Food and Drug Authority (SFDA), a agência que regula alimentos e medicamentos no país. O Ministério da Agricultura informou na terça-feira (14) que não havia previsão sobre o fim do embargo temporário das vendas à China.
As exportações para a China foram interrompidas voluntariamente pelo Brasil enquanto mais informações sobre os casos de vaca louca estavam sendo analisados. Mas desde 3 de setembro não foram reestabelecidas.
Já as importações pela Arábia Saudita foram suspensas pelo próprio país no dia 6 de setembro, por causa da confirmação do caso atípico da doença da “vaca louca” no Estado de Minas Gerais.
O embargo saudita atingiu uma unidade da Plena Alimentos, em Pará de Minas; duas da Supremo Carnes, em Ibirité e Campo Belo; uma da MaxiBeef Carnes, em Carlos Chagas; e outra da Dimeza Alimentos, do Grupo Fricon, no município de Contagem.
A medida dos sauditas havia entrado em vigor justamente no dia em que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu que os dois casos da doença, identificados em Minas Gerais e Mato Grosso, não representam risco para a cadeia de produção bovina brasileira.
Agora, o Brasil se concentra em avançar nas negociações com a China para liberar o mercado de exportação de carne bovina.
China é responsável por 67% do superávit brasileiro em 2021
De janeiro a agosto deste ano, as movimentações comerciais entre Brasil e China responderam por 67% do superávit acumulado pela balança comercial do País em 2021. Os dados são do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O saldo está em US$ 52,1 bilhões acumulados nos oito primeiros meses deste ano. Só o comércio com a China foi de US$ 35 bilhões.
O Icomex destaca que a soja, o minério de ferro e o petróleo correspondem a 45% das exportações brasileiras de janeiro a agosto. Neste período, a China comprou 63% do minério de ferro, 69% da soja em grão e 49% do petróleo.
A China também teve elevada participação nas compras de carne bovina (57%) e celulose (42%) brasileiras.
Com informações de Estadão Conteúdo.