Arábia Saudita tem “amplos estoques de petróleo” para conter a crise, diz Opep

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), informou nesta segunda-feira (16), que não possuí planos de convocar uma reunião de emergência sobre o ataques ocorrido na Arábia Saudita. De acordo com a organização, o país tem contido a situação até o prezado momento e dispõe de “amplos estoques de petróleo”.

O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei, informou que o país tem capacidade suficiente de enfrentar as consequências dos ataques à maior produtora de petróleo do mundo, Saudi Aramco. Além disso, reitera que se a Árabia Saudita convocar uma reunião de emergência da Opep, “vamos lidar com isso”.

“Temos capacidade de reposição. Existem volumes que podemos liberar como uma reação instantânea”, disse al-Mazrouei.

O secretário-geral da Opep, Mahoammad Barkindo, informou que não há motivos para que os mercados entrem em pânico. Em resposta a alta de aproximadamente 20% nos preços do petróleo, Barkindo afirmou que foi apenas uma reação inicial.

Após o ataque, a Arábia Saudita anunciou a suspensão temporária da produção diária de 5,7 milhões de barris. Esse valor é equivalente a 6% do abastecimento mundial. Além disso, é mais do dobro de toda produção da Petrobras, que se encontra em cerca de 2,7 milhões de barris ao dia.

Preços do petróleo sobem quase 20% nos mercados externos

Após os ataques às instalações da Saudi Aramco, na Arábia Saudita, os preços do petróleo subiram nos mercados internacionais. No último sábado (14), os ataques à petroleira limitaram à metade a produção da commodity no país.

No último domingo (15), o barril do petróleo finalizou o dia sendo negociado a US$ 70,98 nos mercados futuros. Isso equivale a uma alta de 18% em relação ao fechamento da sexta-feira (13), quando o barril custava US$ 60,15.

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Em seu Twitter, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que autorizou a liberação de petróleo da Reserva Estratégica de Petróleo em uma quantidade que será determinada. Além disso, solicitou às agências governamentais que “agilizem as aprovações de liberação dos oleodutos atualmente em processo de permissão no Texas e em vários outros Estados”.

Instalações da Saudi Aramco sofreram ataques

Duas instalações da Saudi Aramco sofreram um incêndio no último sábado. A causa apontada foi o ataque de drones nas bases de petróleo.

Apesar do governo saudita não ter mencionado suspeitos, o grupo rebelde houthis, do Iêmen, declarou que os ataques envolveram dez drones.

Os houthis, uma facção, assumiram o controle de Sanaa, a capital do Iêmen. Desde então, os sauditas tem liderado uma coalizão tentando combater os rebeldes com o intuito de retirá-los da região e reinstalar um governo apoiado pela Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, entre outra potências.

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De acordo com a Arábia Saudita e os Estados Unidos, os houthis são armados e financiados pelo Irã. A acusação foi negada por Teerã.

Segundo as autoridades sauditas e americanas, o Irã estaria querendo atingir a produção de petróleo da Arábia Saudita usando, por exemplo, minas para danificar petroleiros sauditas no Golfo de Omã em maio deste ano.

Poliana Santos

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