Heleno: Aprovem a nova Previdência “com o menor desgaste possível”
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, pediu para que os parlamentares não busquem “ganhar cargos ou estatais” e aprovem a reforma da Previdência “com o menor desgaste possível”. A declaração foi feita no último domingo (30), durante manifestações em apoio ao ministro da Justiça, Sergio Moro.
“Vim aqui falar, apelar aos nossos brilhantes parlamentares, aqueles que têm a pátria acima de tudo, aqueles que não têm ideais de troca-troca, de ganhar cargos, de ganhar estatais. Parem para pensar, esqueçam ideologia, esqueçam partidos políticos, e votem na reforma da Previdência. Aprovem essa reforma e essa nova Previdência com o menor desgaste possível”, disse o ministro.
Heleno ainda citou os parlamentares como principais responsáveis pela aprovação do texto. “O início desse novo horizonte do Brasil, os nossos congressistas são diretamente responsáveis”, disse o ministro que concluiu afirmando que o Brasil precisa dos deputados e eles precisam dos brasileiros.
Votação da reforma
O governo espera votar o parecer da reforma nesta semana na comissão especial da Câmara dos Deputados.
Essa fase da tramitação é a última antes do texto seguir para o Senado Federal. No entanto, para seguir adiante o texto precisa da aprovação de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação.
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Porém, o que preocupa o governo e os aliados é a possibilidade dessa votação ser adiada e acontecer apenas em agosto, porque os parlamentares vão entrar em recesso.
O risco do adiamento foi confirmado pelo deputado Marcelo Ramos, que preside a comissão especial. O adiamento pode acontecer, porque a proposta ainda deve receber os argumentos da oposição.
Os opositores pedem o adiamento da votação e parte deles pede que seja votado em cinco sessões.
“Se for aprovado em cinco sessões, inviabiliza votar em plenário no primeiro semestre [antes do recesso]”, disse o presidente da comissão.
A reforma da Previdência é a principal medida econômica do governo Bolsonaro. O texto já passou por diversos atrasos em sua tramitação e alterações, que fizeram a proposta reduzir a economia estimada em cerca de R$ 300 bilhões.