Apple (AAPL34) é superada como “empresa mais valiosa” com crise de tarifas

A Apple (AAPL34) perdeu a coroa de empresa mais valiosa do mundo. O título passou a pertencer à Microsoft (MSFT34), após o fechamento das bolsas em Nova York nesta terça-feira (8).

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As ações da Apple caíram 5% no dia e perderam 23% desde o anúncio da tarifa de 34% às importações chinesas, anunciadas na semana passada. Isso coloca a capitalização de mercado da Apple em US$ 2,59 trilhões. A Microsoft, com queda de apenas 7% no mesmo período, fechou z terça-feira com uma capitalização de mercado de US$ 2,64 trilhões.

As duas empresas disputaram a primeira posição algumas vezes nos últimos cinco anos, mas a Apple tem estado solidamente à frente da Microsoft em valor de mercado desde meados de 2024, quando o preço das ações da gigante do software começou a cair devido às preocupações sobre seus gastos explosivos com inteligência artificial. Parte desses investimentos foram na OpenAI, criadora do ChatGPT, o mais famoso das chamadas “IA generativas”.

Os planos do presidente dos EUA, Donald Trump, têm implicações dolorosas para a Apple, que produz quase todos os produtos que vende fora dos EUA e, portanto, estará exposta a custos acentuadamente crescentes para o negócio que responde pela maior parte de sua receita. A empresa tenta obter uma isenção de tarifas e, enquanto isso não acontece, pretende abastecer o mercado norte-americano com produtos fabricados na Índia, cuja tarifa de importação passou a ser de 26%.

Nesta terça-feira, a porta-voz do Executivo americano, Karoline Leavitt, citou que o presidente americano acredita que a empresa pode produzir seus iPhones nos EUA.

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Apple (AAPL34): analistas reduzem preço-alvo

Outro baque veio da redução do preço-alvo para as ações da empresa. No Morgan Stanley, o preço-alvo passou de US$ 252 para US$ 220, com recomendação ainda acima de pares (overweight) e no KeyBanc, de US$ 200 para US$ 170, com recomendação de venda (underweight) mantida. No pregão desta terça, as ações fecharam em US$ 172,42, e eram cotadas perto de US$ 170 no after market.

O analista do Morgan, Erik Woodring, disse que as tarifas sobre a China, onde a Apple fabrica a maioria de seus iPhones, correm o risco de desbloquear a aposta mais pessimista para as ações. No entanto, a Apple tem “vários esforços de mitigação em jogo”, que incluem maior produção de iPhones na Índia e o aumento dos preços dos aparelhos nos EUA.

Para recuperar o custo das tarifas sobre os iPhones fabricados na China, a Apple teria que aumentar os preços de varejo em 29%, disse o banco de investimentos UBS na segunda-feira (7). Para iPhones fabricados na Índia, os valores de varejo teriam que aumentar 12%.

O analista da KeyBanc Brandon Nispel disse que dados de rastreamento de sua empresa sugerem que a Apple não atingirá estimativas de vendas de iPhone e iPad no trimestre encerrado em março. Essas perdas, porém, podem ser parcialmente compensadas por vendas de computadores Mac melhores do que o esperado no período.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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