A Apple admitiu estar interessada nas criptomoedas, por causa de seu potencial de longo prazo. A informação foi divulgada pela rede de televisão norte-americana CNN neste domingo (8).
A vice-presidente da Apple Pay, Jennifer Bailey, declarou que a empresa está interessada nas moedas virtuais. Em entrevista a CNN, a executiva salientou como as criptomoedas “eram interessantes” e que tinham “potencial a longo prazo”.
A Apple estaria cogitando conquistar uma fatia do mercado de pagamentos através desses ativos. Por isso concentraria os esforços no lançamento do seu cartão de crédito, o Apple Card, mas olhando com interesse para as criptomoedas.
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A receita da produtora do iPhone caiu 12% no último trimestre. E o smartphone foi o principal produto que registrou queda. Por isso, a Apple quer impulsionar suas vendas estudando novos meios de pagamento.
Criptomoedas parte da discussão mais ampla
Bailey salientou que as criptomoedas fazem parte de uma discussão mais ampla sobre o futuro dos meios de pagamentos digitais. “Estamos observando as criptomoedas. Achamos interessante. Achamos que tem um potencial interessante a longo prazo”, declarou a executiva na entrevista.
Entretanto, entre as cláusulas do Apple Card, laçado em parceria com o banco de investimentos Goldman Sachs, está a proibição de usá-lo para compra de criptomoedas.
Facebook já lançou a libra
Também o Facebook já está criando sua própria criptomoeda, a “libra”. No começo de agosto a rede social anunciou que a moeda virtual seria lançada oficialmente no início de 2020.
A nova moeda digital faz parte de um consórcio de empresas que estão trabalhando juntas, lideradas pela rede social, para desenvolver o novo meio de pagamento.
A libra deveria ser uma moeda digital baseada em tecnologias criadas pelo Facebook. Após seu lançamento, no início do próximo ano, ela será gerida através de uma fundação sem fins lucrativos baseada na Suíça.
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Entretanto, a libra seria já é alvo de uma investigação da União Europeia. A Comissão Europeia está investigando se a moeda virtual do Facebook pode injustamente prejudicar os rivais. Anteriormente, a rede social norte-americana já sofreu críticas de instituições monetárias, políticos e reguladores.
Nos últimos dois meses, autoridades da União Europeia criticaram o Facebook por violações de privacidade. As críticas ocorreram após o escândalo da Cambridge Analytica e da interferência nas eleições dos Estados Unidos.
Contudo, essa é a primeira vez que a rede social é objeto de uma investigação antitruste da UE.
A Comissão estaria apurando possíveis comportamentos anti-competitivos envolvendo o uso de dados dos consumidores, que podem gerar restrições à concorrência.
Investigação nos Estados Unidos
Além da UE, o comitê de serviços financeiros da Câmara dos Estados Unidos solicitou que o projeto da libra fosse interrompido. Após o pedido, a empresa informou que não é possível garantir que a libra será disponibilizada em algum momento.
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Diversas órgãos reguladores acreditam que a criptomoeda poderia ameaçar a estabilidade financeira e do banco central dos Estados Unidos. Além disso, temem que a libra pode ser um caminho para lavagem de dinheiro e fraude no mundo inteiro.