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Aposentadoria em dólar: 5 dicas para receber renda passiva no exterior

Aposentadoria

Aposentadoria. Foto: iStock.

Investir em ativos pagadores de dividendos é uma estratégia comum entre os investidores que buscam construir uma renda passiva para garantir uma aposentadoria mais confortável. Além disso, é possível também diversificar a carteira com ativos em outras moedas, como o dólar, ao investir no exterior.

Nos últimos 12 meses, desde meados de setembro de 2023, o dólar acumulou uma valorização de mais de 13% em relação ao real. Nos últimos cinco anos, o ganho superou 33%.

Em meio a este cenário, ter parte do portfólio exposta a uma moeda estrangeira pode ajudar os investidores a minimizar riscos e aumentar seu patrimônio. Afinal, investir em dólar também é uma forma de reduzir a exposição aos riscos econômicos locais e, ao mesmo tempo, aproveitar a valorização da divisa.

A seguir, confira cinco dicas para receber renda passiva em dólar e se aposentar com parte do patrimônio dolarizado!

1. Defina quando começar e exposição mínima

O primeiro passo é definir seus objetivos e entender o seu momento de vida. Cada fase exige uma abordagem diferente para a aposentadoria, e o planejamento adequado deve considerar o horizonte de tempo disponível para acumular patrimônio.

“A partir dessas premissas, o investidor deve definir qual porcentagem ideal do seu patrimônio será dolarizada”, aconselha Gabriela Nunes, consultora de investimentos da Suno Consultoria. Isso inclui pensar em uma alocação equilibrada entre os ativos internacionais, de acordo com o perfil de risco e os objetivos financeiros.

Dependendo do estilo de vida e do nível de exposição desejada ao exterior, a alocação pode variar. “Como ponto de partida, uma exposição mínima de 10% é interessante, mas isso pode aumentar para aqueles que planejam morar fora ou que viajam com frequência”, destaca a especialista.

2. Invista em renda fixa nos EUA

Investir em renda fixa no exterior é uma opção segura e eficiente para diversificar sua carteira. Os ETFs (fundos de índice) que replicam indicadores e possuem uma cesta de títulos, tanto corporativos quanto governamentais, podem ser boas alternativas para quem busca segurança e rendimento.

“Esses ETFs normalmente possuem uma taxa de administração baixa, o que os torna atrativos em termos de custo-benefício”, explica Nunes. Além disso, eles distribuem rendimentos de forma recorrente, o que é vantajoso para quem quer uma renda passiva, seja mensal ou trimestral.

A diversificação de prazos e riscos também é possível ao escolher entre títulos de alta qualidade (high grade) ou títulos com maior risco (high yield), o que proporciona ao investidor maior flexibilidade na gestão do portfólio.

3. REITs e ações são boas opções

Outro caminho para garantir uma aposentadoria em dólar é investir em ações e REITs (Real Estate Investment Trusts). “No caso das ações, é possível investir de forma passiva ou ativa”, comenta Gabriela. Além de investir diretamente em ações de companhias no exterior, existem também ETFs que replicam o desempenho de indicadores de empresas pagadoras de dividendos.

O S&P 500 Dividend Aristocrats, por exemplo, é composto por empresas sólidas que aumentam seus dividendos por, no mínimo, 25 anos consecutivos. “Essas empresas possuem características como previsibilidade de fluxo de caixa e alto payout, o que as torna ideais para quem busca rendimentos consistentes”, afirma Nunes.

Os REITs, semelhantes aos fundos imobiliários no Brasil, também são uma excelente opção para quem deseja renda em dólar. “Eles oferecem exposição a imóveis geradores de renda e podem proporcionar um fluxo constante de dividendos, seja por meio de ativos como edifícios comerciais, shopping centers ou data centers”, explica a especialista.

Aqui no Suno Notícias, já explicamos o que são os REITs e como investir nesses ativos.

4. Atenção com impostos e outras questões

Investir no exterior exige atenção redobrada com relação a impostos e custos cambiais. “É importante que o investidor só envie para o exterior aquela parte do patrimônio que ele não pretende repatriar, para evitar incorrer em custos cambiais adicionais”, adverte Gabriela.

Além dos custos com câmbio, a volatilidade da moeda deve ser monitorada de perto. Caso o real se valorize frente ao dólar, trazer o patrimônio de volta ao Brasil pode resultar em prejuízo. Também é crucial estar em dia com a declaração de bens no exterior no Imposto de Renda brasileiro, pois a omissão desses ativos pode ocasionar penalidades.

“Vale lembrar ainda que, nos Estados Unidos, há imposto sobre herança, e o investidor precisa se atentar para evitar problemas futuros com a sucessão de bens”, alerta Nunes.

5. Tenha apoio profissional

Montar e manter uma carteira de investimentos em dólar não é uma tarefa simples. Dentro deste contexto, com o suporte de uma consultoria de investimentos pode fazer toda a diferença para atingir seus objetivos de aposentadoria.

“A consultoria vai ajudar o investidor a definir o percentual ideal de exposição ao exterior e em quais ativos alocar, além de acompanhar a carteira ao longo do tempo, ajustando-a conforme o cenário econômico”, explica Gabriela.

Se você deseja estruturar sua aposentadoria em dólar, mas não sabe por onde começar, a Suno Consultoria pode ajudar nesse e em outros assuntos. Clique no link e entre em contato.

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