Um estudo realizado pela consultoria Mercer Gama mostrou que 73% dos brasileiros reduzem padrão de vida na aposentadoria. Isso porque o valor recebido por meio dos benefícios sociais não é suficiente para arcar com os custos do dia a dia. Nesse contexto, os investimentos se tornam uma peça-chave para aqueles que querem manter o estilo de vida desejado.
Planejar o futuro financeiro é fundamental, especialmente em meio às preocupações com o déficit da previdência social, que aumentam ainda mais a busca por alternativas para garantir uma renda confortável na aposentadoria.
Chegar à aposentadoria com uma renda mensal de R$ 10 mil ou R$ 20 mil, por exemplo, exige planejamento e disciplina. Mas quanto é preciso investir para alcançar esse objetivo? A resposta varia conforme fatores como idade, patrimônio atual e capacidade de aporte. Além disso, montar uma carteira de investimentos adequada e contar com uma consultoria financeira pode fazer toda a diferença nesse processo.
Quanto investir para garantir R$ 20 mil por mês?
Para alcançar uma renda mensal de R$ 20 mil na aposentadoria, é necessário entender que o valor necessário para investir depende de várias variáveis, como a idade em que se inicia o plano, o patrimônio atual, a capacidade de aporte mensal e a rentabilidade dos investimentos. Pensando nisso, Lucas Devito, CFP e consultor do Grupo Suno, desenhou três cenários:
- Início aos 20 anos: Partindo do zero e com aportes mensais de R$ 5 mil, a meta pode ser atingida aos 45 anos, com uma rentabilidade de 7% ao ano;
- Início aos 30 anos: Com um patrimônio inicial de R$ 50 mil e os mesmos R$ 5 mil de aportes mensais, é possível alcançar o objetivo de R$ 20 mil mensais aos 60 anos, assumindo uma rentabilidade real de 6% ao ano.
- Início aos 40 anos: Com um patrimônio inicial de R$ 100 mil e aportes mensais de R$ 10 mil, é possível alcançar a renda desejada aos 70 anos, considerando uma rentabilidade de 5% ao ano.
Os cenários desenhados pelo especialista consideram carteiras mais arrojadas para investidores mais jovens, o que impacta também na rentabilidade anual.
“Não há idade correta para começar a planejar a aposentadoria, mas os exemplos deixam claro o valor do dinheiro no tempo e o poder dos juros compostos”, destaca o especialista.
Como montar uma carteira para a aposentadoria?
Perfil de risco, idade e rentabilidade esperada são os três tópicos considerados por Devito como fundamentais para se considerar ao estruturar uma carteira de investimentos voltada para a aposentadoria.
Para um investidor com 20 anos, que possui mais tempo até a aposentadoria, o consultor destaca que pode ser interessante adotar uma estratégia mais ousada, com apenas 10% da carteira em renda fixa e o restante dividido igualmente entre ações, fundos imobiliários e ativos internacionais, visando uma rentabilidade de 7% ao ano.
“Com um prazo maior, o investidor pode tomar mais risco, desde que tenha tolerância psicológica para lidar com a volatilidade,” explica ele.
Já para alguém na casa dos 30 anos, também com um perfil arrojado, a recomendação é uma carteira diversificada, com cerca de 65% a 70% em ativos de renda variável, como ações, fundos imobiliários e investimentos internacionais, e o restante em renda fixa. “Essa composição pode gerar uma rentabilidade de 6% ao ano,” diz Devito.
Por outro lado, para alguém com 40 anos, o foco se desloca para a preservação de patrimônio. Nesse caso, Devito recomenda uma alocação mais conservadora, com 50% em renda fixa, 10% a 15% em fundos multimercados e o restante em ativos de maior risco.
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