Após dois meses consecutivos de alta, prévia do PIB registra queda em julho
A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou queda de -0,16% no mês de julho, em comparação com o mês anterior.
O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (13) o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), o indicador é considerado uma prévia do PIB. Em maio, ficou registrado crescimento de 1,16%, e junho alta de 0,34%. Portanto, após dois meses consecutivos de alta, julho apresenta queda.
Em sete meses, o índice apontou crescimento em apenas dois meses, desse modo, ficou registrado da seguinte forma:
- jan/19: -0,09
- fev/19: -0,95
- mar/19: -0,26
- abr/19: -0,5
- mai/19: 1,16
- jun/19: 0,34
- jul/19: -0,16
Ministério da Economia estima alta no PIB em 2019
O Ministério da Economia preservou a projeção de crescimento do PIB em 0,8% em 2019. A pasta declarou que a estimativa foi aumentada de 0,81% para 0,85%. Isso porque anteriormente o número divulgado estava considerando apenas uma casa decimal depois do zero.
Com a consideração de três casas decimais, o PIB teve sua estimativa de alta elevada para 0,847%. A explicação foi feita pelo subsecretário de Assuntos Fiscais da Secretaria de Política Econômica, Marco Cavalcanti.
O avanço da reforma da Previdência no Congresso foi um dos pilares responsáveis pelo crescimento desta projeção, de acordo com o subsecretário de Macroeconomia da Secretaria de Política Econômica (SPE), Vladimir Kuhl.
“Num cenário em que a Previdência não tivesse passado na Câmara ou fosse muito desidratada, com certeza (os indicadores) estariam muito piores”, disse Kuhl.
Para o terceiro trimestre, o Ministério da Economia prevê o crescimento do PIB em 0,7% em comparação ao mesmo período de 2018.
Economistas reduzem projeção para abaixo dos 2%
Analistas e economistas de grandes instituições financeiras projetaram que o PIB brasileiro deverá tingir níveis inferiores a 2% em 2020.
Desse modo, tratará do quarto ano consecutivo em que o PIB do Brasil terá expansão abaixo de 2%. “A mudança é ligada principalmente ao cenário externo, que tem incerteza política, além da comercial”, disse o economista do banco Bradesco, Fernando Honorato Barbosa.
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Alguns fatores que podem influenciar o desenvolvimento econômico do País segundo os economistas são:
- desaceleração da economia global
- crise política e econômica na Argentina
- baixo investimentos no Brasil
- guerra comercial.
“O Brasil é muito ligado aos ciclos da economia global. Embora a nossa economia seja bastante fechada, a nossa indústria é mais aberta”, afirmou Barbosa ao jornal “Folha de S.Paulo”.
Na última sexta-feira (6), o banco Bradesco reduziu de 2,2% para 1,9% a projeção do PIB para o próximo ano.