Semanas depois de suspender os planos para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a rede de lojas de papelaria e eletrônicos Kalunga (KALU3) voltou a sinalizar a intenção de abrir o capital ao engajar bancos para a “potencial” operação.
Em fato relevante divulgado nesta segunda-feira (6), a Kalunga comunicou ter acionado o BTG Pactual (BPAC11), o Bradesco BBI, a XP e o UBS BB “para a prestação de serviços de assessoria financeira no âmbito de potencial operação para a captação de recursos por meio da realização de oferta pública inicial de distribuição de ações”.
A varejista de materiais de papelaria e eletrônicos, contudo, deixou clara a não definição ou mesmo aprovação a efetiva realização da “potencial oferta”.
De acordo com a empresa, a operação está sujeita às condições dos mercados de capitais tanto brasileiro quanto internacional, às circunstâncias política e macroeconômica favoráveis, ao interesse de investidores em particular, às aprovações societárias e a procedimentos próprios da realização de ofertas públicas.
Kalunga desiste de IPO
Inicialmente, a Kalunga havia pedido registro para IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em dezembro do ano passado, com o objetivo de listar suas ações no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
A companhia disse pretender destinar os recursos líquidos da oferta primária para investimentos em novas unidades, abertura de um centro de distribuição no Nordeste, além do reforço e adequação na estrutura de capital da companhia e fortalecimento de suas operações de gráfica rápida nas lojas.
A Kalunga, entretanto, cancelou no mês passado os planos de ir à Bolsa frente à recente volatilidade do mercado. Apenas neste ano, o caminho foi tomado por outras 20 empresas brasileiras.