A Magazine Luiza (MGLU3) pode aumentar sua fatia de mercado no segundo semestre, afirmaram os executivos da companhia nesta sexta-feira (12).
Durante teleconferência para apresentação dos resultados do balanço da Magalu, o CFO da empresa Roberto Bellissimo ressaltou que a varejista registrou aumento de 11 pontos percentuais no marketshare nos últimos três anos, e a perspectiva é de continuar expandindo até o fim do ano.
Os executivos afirmaram ainda que o Magazine Luiza não fechará lojas físicas no segundo semestre. CEO da companhia, Frederico Trajano afirmou que o futuro do varejo é online, o que se alinha com a estratégia da companhia de investimento no marketplace. Porém, disse que as unidades físicas cumprem um papel fundamental como “ponto de apoio local do ecossistema”.
“Do ponto de vista logístico é um diferencial. Tem sellers pequenos que começam a postar produtos na loja, economizando frete. E há clientes que optam por retirar os produtos na loja, o que reduz o custo da entrega”, explicou o executivo.
Ele destacou ainda que a companhia cresceu 34% ao ano do começo da pandemia até agora, e que o volume de vendas cresceu quatro vezes neste trimestre, na comparação com o mesmo período de 2019, no cenário pré-pandemia.
Trajano também ressaltou a importância dos vendedores parceiros no marketplace do Magalu, assim como a diversificação das categorias, que antes da pandemia estavam mais concentradas nos bens duráveis.
Mais da metade (52%) do volume bruto de mercadorias (GMV) do Magazine Luiza corresponde a novas categorias de produtos, com destaque para o segmento de moda e esporte, em grande parte em razão das empresas parceiras Netshoes e Zattini.
Segundo o balanço do Magazine Luiza, as vendas no segundo trimestre totalizaram cerca de R$ 3,6 bilhões, um crescimento de 22% comparado ao mesmo período do ano anterior, e representaram 36% das vendas online.
Outro destaque do período foi a geração de R$ 1,3 bilhão de caixa operacional, um aumento de R$ 500 milhões em relação a março.
Balanço negativ0 do Magazine Luiza no 2T22
O prejuízo reportado pela Magalu no balanço do segundo trimestre deste ano é reflexo da normalização da curva de crescimento do mercado online no pós-pandemia, disse o CEO da companhia Frederico Trajano nesta sexta-feira. Durante teleconferência para apresentação dos resultados do 2T22, o executivo alegou que os últimos dois anos tiveram crescimento “anabolizado”, fazendo com que a base de comparação seja “anormal”.
“Este segundo trimestre pega a tendência de normalização da curva de crescimento do mercado online fora do segundo trimestre de 2020, quando teve início a pandemia de Covid. Essa normalização não é uma inflexão da curva de crescimento, é um ajuste de dois trimestres com crescimentos anabolizados por as pessoas estarem em casa”, explicou Trajano.
O Magazine Luiza registrou prejuízo líquido de R$ 135 milhões no 2T22. No quesito ajustado, o prejuízo foi de R$ 112 milhões.
Notícias Relacionadas