Aplicativo 99 gira R$ 12 bilhões na economia e impacta o PIB

O aplicativo de transporte particular 99 fez com que R$ 12,2 bilhões girassem na economia brasileira em 2019. O valor é equivalente a 0,18% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

As informações levantadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido da própria startup, consideram não só o que foi gasto com as corridas, mas também com o que os motoristas gastaram com serviços para exercerem a profissão. Além disso, o impacto no PIB também é mensurado pela forma com que os motoristas utilizam os recursos ganhos.

O estudo, no entanto, não levanta a influência de outros aplicativos, como Uber e Cabify, na economia. No caso da 99, a empresa contribuiu com R$ 1,1 bilhão em impostos como:

  • Produtos Industrializados (nos carros utilizados)
  • Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS)
  • Imposto sobre Serviços (ISS)

Segundo o gerente de políticas públicas da startup, Miguel Jacob, o intuito da pesquisa foi mostrar “como o setor de aplicativos, que é visto como ensimesmado, tem ligações com outros setores da economia”.

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Criada por Paulo Veras, Ariel Lambrecht e Renato Freitas em 2012, a 99 se tornou o primeiro unicórnio de origem brasileira, ao ser comprada pela chinesa Didi Chuxing em janeiro de 2018.

Atualmente, a companhia diz ter mais de 600 mil motoristas e quase 20 milhões de clientes em todo o Brasil, em 1,6 mil cidades. A companhia proporciona, de forma privada, viagens em carros comuns e táxis, ou até corridas compartilhadas.

PIB de 2020 crescerá 2,20%, diz Itaú

O Itaú Unibanco (ITUB4) divulgou suas projeções de crescimento do PIB do Brasil para 2019, 2020 e 2021. Segundo a instituição, a economia do País cresceu 1,2% no ano passado, e crescerá 2,20% e 3% nos dois anos seguintes.

Saiba mais: IBC-Br, prévia do PIB, sinaliza que economia teve alta de 0,89% em 2019

O banco reconhece, no entanto, que a atuação de uma política monetária menos expansionista e o impacto de uma possível desaceleração econômica da China, sobretudo devido ao surto do coronavírus, adicionam um risco de baixa dessas projeções sobre o PIB.

Os analistas do banco, por meio de um relatório de revisão do cenário, salientam que os dados da atividade industrial do País recuaram em novembro, o que também deve ter acontecido em dezembro. “Isso leva a um carrego estatístico negativo para o primeiro trimestre de 2020 e reforça nossa visão de que o crescimento do PIB perderá força no começo deste ano”, informa a instituição.

Jader Lazarini

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