Apesar da guerra comercial, listagens de ações da China em Wall Street aceleram

Uma pesquisa realizada pela empresa Dealogic revelou que o número de empresas chinesas listando suas ações nos EUA cresceu mais rapidamente durante o período do mandato de Donald Trump do que durante a de seu predecessor, Barack Obama, apesar da guerra comercial entre as duas nações. A informação foi divulgada neste domingo (11) pelo jornal “Financial Times”.

Desde o início do mandato de Trump, há quase quatro anos, até o momento, mesmo em um período de relacionamento conturbado entre as duas nações, em meio à guerra comercial, foram registradas 102 empresas chinesas que estrearam na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na Nasdaq, levantando US$ 25,5 bilhões, segundo dados da pesquisa.

De acordo com o relatório, durante os oito anos em que Obama assumiu a presidência, a quantidade registrada foi de 105 ofertas públicas iniciais (IPO), arrecadando um total de US$ 41 bilhões, principalmente em função dos US$ 25 bilhões do grupo de comércio eletrônico Alibaba, em 2014.

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Além disso, o número de empresas chinesas listadas nos EUA aumentou mais de um quarto no ano passado, para quase 220 no início de outubro, de acordo com um relatório da Comissão de Revisão de Segurança e Economia dos Estados Unidos-China. A capitalização total de mercado das ações chinesas listadas nos EUA quase dobrou no mesmo período, para US$ 2,2 trilhões, informou a comissão.

Guerra Comercial: Milhares de empresas processam os EUA devido às tarifas da China

De acordo com um apontamento feito pelo jornal Financial Times na última segunda-feira (5), mais de 3.500 empresas entraram com processos judiciais contra o governo dos EUA devido às tarifas impostas sobre a China nas últimas semanas, em meio a guerra comercial entre as duas nações.

Entre as empresas insatisfeitas, estão a Coca-Cola, Disney, Ford, além de outras multinacionais que iniciaram processos legais contra o governo norte-americano. Até a Abbott Laboratories, uma das principais companhias fabricantes de testes de coronavírus nos EUA, também entrou com uma reclamação diante da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

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As tarifas de importação da China aumentaram os custos das empresas que importam peças, materiais ou produtos para os EUA, forçando-as a pagar taxas extras.

Os casos de acusações feitos pelas empresas em meio à guerra comercial serão conduzidos pelo Tribunal de Comércio Internacional.

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Rafaela La Regina

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