O Sebrae informou que desde o início da crise do novo coronavírus, 60% dos donos de pequenas e médias empresas (PMEs) que tentaram obter o empréstimo anunciado pelo governo tiveram o pedido negado e 29% dos microempresários não tinham conhecimento das linhas de crédito disponíveis para conter demissões.
Desse modo, apenas 40% dos empreendedores que pediram empréstimo foram atendidos. Os dados foram levantados por uma pesquisa que o Sebrae realizou, denominada ” O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios”, para a qual, cerca de 6 mil microempresários do Brasil foram entrevistados entre os dias 3 e 7 de abril.
Além disso, os dados indicaram que aproximadamente 18% das empresas tiveram que dispensar mão de obra, ou seja, aproximadamente 3 milhões de microempresas tiveram que demitir um total de 9 milhões de funcionários. Isso significa que em cada empresa, uma média de 3 funcionários perderam seus empregos.
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Entretanto, 73% dos empresários entrevistados para a pesquisa afirmaram que o cenário financeiro já estava razoável ou ruim antes da crise do coronavírus. Contudo, após a chegada da pandemia, o faturamento de 88% das empresas caiu ainda mais e agora preveem que conseguirão pagar as contas sem operar por mais 23 dias.
Ademais, foi constatado que 38% das empresas continuaram operando, ou seja cerca de 5,3 milhões, mas a maioria teve que se adaptar ao ambiente virtual e ao sistema de entregas.
Sebrae reforça a importância do empréstimo anunciado pelo governo
O presidente do Sebrae, Carlos Melles salientou “um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios ao crédito é a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse sentido, o Fampe funciona como um salvo-conduto, que vai permitir aos pequenos negócios, incluindo até o microempreendedor individual, obterem os recursos para capital de giro, tão necessários para atravessarem a crise provocada pela pandemia do Coronavírus, mantendo os negócios e os empregos”.
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Desse modo, Melles reforça a relevância dos empréstimos anunciadas pelo governo e anuncia que o próprio Sebrae irá destinar cerca de 50% de seu recolhimento à pequenas e médias empresas nos próximos três meses.