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Anvisa não aprova Sputnik V e governo deve cancelar compra da vacina, diz jornal

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Vacina. Foto: Pixabay

O Ministério da Saúde vai rescindir o contrato de compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, visto que a Anvisa não aprovou seu uso em território nacional. A informação é do Valor Econômico, que afirma que o anúncio depende apenas da “conclusão de análises jurídicas”. 

De acordo com o jornal, a justificativa para o cancelamento seria justamente a não aprovação do órgão de vigilância sanitária do Brasil (Anvisa), já que esta seria uma das exigências do contrato firmado com a União Química, empresa intermediária da compra. 

No dia 4 de junho, a Anvisa chegou a autorizar a compra de um volume reduzido do imunizante, porém a aplicação só poderia acontecer depois que o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) aprovasse cada lote adquirido. 

Além disso, somente pessoas jovens e sem comorbidades poderiam tomar a vacina russa. As primeiras aplicações seriam acompanhadas pelo órgão governamental, a fim de observar se haveria efeitos adversos. 

Diante de tantos empecilhos para o uso da Sputnik V, a conclusão foi de que não faria sentido insistir na compra, ainda mais em um cenário em que o Ministério da Saúde consegue vacinas aprovadas  pela Anvisa de forma mais fácil. 

Somente em agosto, a pasta prevê receber 80 milhões de doses. Com isso, a expectativa é de que todos os adultos maiores de 18 anos estejam imunizados até novembro. 

Anvisa atrapalha governadores 

Em vista da possibilidade de cancelamento da compra da Sputnik V como aconteceu com a Covaxin, a situação fica complicada para os Estados. 

Isso porque no caso da vacina russa, há um contrato de 37 milhões de doses firmado com o consórcio de governadores do Nordeste.

Na última quarta-feira (21), em reunião com governadores do consórcio, o Fundo Russo Krill Dmitriev pediu um prazo de 48 horas para “avaliar a situação do ministério” e decidir se enviará as doses ao Brasil.

Pelo Twitter, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse que os obstáculos da Anvisa à vacina russa são “um negócio incompreensível, de causar indignação”.

 

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