O preço médio da gasolina subiu 0,18% nos postos de abastecimento na semana de 9 a 15 de abril, para R$ 5,51 o litro, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta (14).
Esta é a segunda alta seguida do combustível, cujo preço não é reajustado pela Petrobras nas refinarias há 45 dias, quando teve uma redução de 3,9%.
Já o diesel teve queda de 0,17%, com preço médio de R$ 5,83, no mesmo período. O último reajuste do diesel ocorreu em 23 de março, uma queda de 4,5% nas refinarias da estatal.
O preço interno da gasolina está defasado em 4% em relação ao mercado internacional, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), enquanto o diesel está sendo comercializado com preços 6% acima do mercado externo.
Já no mercado atendido pela Acelen, refinaria privada da Bahia, a defasagem é de 3% negativa no caso da gasolina e positiva em 3% na venda de diesel.
Reoneração da gasolina deveria ocorrer com mudanças na política da Petrobras
A reoneração dos impostos sobre os combustíveis deveria ocorrer junto com mudanças na política da Petrobras (PETR4). Pelo menos é essa a avaliação feita por economistas ouvidos pela Agência Brasil.
O retorno da taxação da gasolina e etanol pelos tributos federais PIS e Cofins renovará a capacidade ao estado de promover políticas públicas relacionadas à seguridade social. A medida também corrige a distorção de subsidiar combustíveis fósseis, em meio à necessidade mundial de promover o desenvolvimento sustentável.
A avaliação é feita por economistas, que também alertam que a decisão pode gerar impacto inflacionário, atingindo as famílias mais pobres, se não houver mudanças na política de preços da Petrobras. Atualmente, os valores dos combustíveis derivados do petróleo (como a gasolina e o diesel) no Brasil seguem o mercado internacional.
Com informações do Estadão Conteúdo e Agência Brasil