A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza nesta quinta-feira (17) a 17ª Rodada de Licitações de áreas exploratórias de petróleo e gás.
Neste leilão da ANP, vão ser oferecidos 92 blocos, em quatro bacias sedimentares: Campos, Pelotas, Potiguar e Santos. Esse será o primeiro grande leilão de concessão de petróleo durante a pandemia, já que o do ano passado foi cancelado. O último aconteceu em 2019.
Nove empresas se inscreveram para participar da licitação:
- Petrobras (PETR4)
- Chevron, Shell
- Total
- Ecopetrol
- Murphy
- Karoon
- Wintershall
- 3R Petroleum (RRRP3)
Em função da pandemia, o evento ocorrerá de forma híbrida. Apenas uma parte será presencial, no Rio de Janeiro.
O número de participantes na sessão pública de apresentação de ofertas será reduzido aos executivos diretamente envolvidos e ao pessoal da organização. Não será permitida a presença de público e imprensa.
Leilão da ANP priorizará bônus
Elas vão concorrer por blocos regidos sob o contrato de concessão, no qual as empresas pagam à União um bônus de assinatura pelo direito de explorarem as áreas por um tempo determinado e compensações financeiras aos governos, como royalties, em retribuição ao consumo dos recursos naturais.
No leilão, sairá vencedor quem apresentar o maior bônus de assinatura (80% de peso) e o maior programa exploratório mínimo (20%).
Os bônus variam de R$ 630 mil, na Bacia de Pelotas, a R$ 122,25 milhões, na Bacia de Santos. Esses são os valores iniciais definidos no edital da licitação.
Já o PEM determina um mínimo de atividades que a empresa se propõe a realizar no bloco durante a primeira fase do contrato (de exploração), como sísmicas e perfurações de poços.
Nessa rodada, o governo vai disponibilizar ao mercado áreas na Bacia Potiguar que se sobrepõem a uma cadeia de montanhas submarinas inseridas no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
Por causa da alta sensibilidade ambiental dessas áreas, o Instituto Internacional Arayara ajuizou pedido de suspensão do leilão.
Uma possível aquisição desses blocos da ANP e também de áreas da Bacia de Pelotas pela Petrobras foi questionada pela Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O motivo é o mesmo: a sensibilidade ambiental dos projetos.
Com informações do Estadão Conteúdo