A Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou que o complexo minerário de Gongo Soco, localizado em barão de Cocais (MG) seja interditado. O complexo pertence à Vale e corre riscos de rompimento no talude norte da cava da mina, segundo comunicado da última sexta-feira (17).
De acordo com a Vale, na última quinta-feira (18), a estrutura da mina é observada 24h por dia, no entanto, “existe a possibilidade de deslizamento do talude norte da cava”. Em contrapartida, a empresa afirmou que não evidência de “deformação da barragem“.
Medidas tomadas
Barão de Cocais fica próximo da Região Central de Minas Gerais. Cerca de seis mil moradores do local estão dentro da zona secundária de salvamento (ZSS), local em que os rejeitos podem chegar em 1h12, caso haja o rompimento.
Enquanto isso, outros 443 moradores situados na área de autossalvamento, foram retirados de suas casas após o nível de segurança da barragem ter sido elevado para 2, ainda em fevereiro. Em março, a estrutura entrou em alerta máximo de rompimento, chegando ao terceiro nível de segurança.
De acordo com a ANM, em 13 de maio a Vale acionou a agência informando que o talude norte da cava da mina estaria se deslocando 5 cm por dia, o que pode levar o talude a se romper “entre os dias 19 e 25 de maio”.
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“É bom lembrar que o que corre risco de rompimento é o talude da cava e não a barragem, que fica a 1,5 km de distância da cava. O risco é que a vibração gerada pelo rompimento do talude seja gatilho e influencie na segurança da barragem Sul Superior. Mas isso não se tem como prever”, afirmou o chefe da Divisão de Segurança d Barragens de Mineração da ANM, Wagner Nascimento.
Neste sábado (18) será realizado um novo simulado em Barão de Cocais para orientar os seis mil moradores da zona secundária em caso de rompimento da barragem da Vale.