A Ânima (ANIM3) anunciou que vai realizar uma oferta pública de distribuição primária de 27 milhões de ações ordinárias. A emissão será feita com esforços restritos de colocação, ou seja, será destinado para um público limitado de investidores profissionais.
Segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a oferta da Ânima pode ser acrescida em até 35% do total de ações, o que representa até 9,45 milhões de ações. Com base na cotação de fechamento de ontem (23), de R$ 31,15 por ação, a oferta pode somar R$ 841,05 milhões a R$ 1,135 bilhão.
A oferta será realizada no Brasil, com a coordenação do Bradesco BBI, do Banco Santander Brasil (SANB11), UBS BB, Itaú BBA e Banco JPMorgan. Ao mesmo tempo, haverá esforços de colocação no exterior pelo Bradesco Securities, pelo Santander Investment Securities, UBS Securities, Itau BBA USA Securities e pelo JP Morgan Securities.
A fixação do preço por ação ocorrerá em 3 de dezembro de 2020. De acordo com a Ânima, o início da negociação está previsto para 07 de dezembro.
Os recursos serão destinados para financiar uma parte da aquisição dos ativos brasileiros do grupo Laureate. Caso a transação não seja concluída, o dinheiro será destinado para novas aquisições estratégicas e para investimentos nas atuais linhas de negócios da companhia.
Captação da Ânima vai financiar compra da Laureate
No começo de novembro, a Ânima anunciou que assinou um contrato com o Grupo Laureate que vai resultar na aquisição de todos os ativos do grupo no Brasil. O contrato prevê um preço de R$ 4,4 bilhões, sendo que R$ 3,77 bilhões serão pagos em dinheiro para a Laureate e R$ 623 milhões correspondem a dívidas de ativos que serão assumidos pela Ânima.
Além disso, no final de outubro, a Ânima comunicou ao mercado a aquisição da startup MedRoom, empresa de desenvolvimento de soluções em tecnologias imersivas para educação médica.
Os atuais acionistas terão direito de participar da oferta prioritária entre 25 de novembro e 1º de dezembro.