Nesta sexta-feira, 27, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que irá manter a bandeira verde em junho, sem cobrança adicional nas contas de luz durante o mês referente.
Em nota, a Aneel informou que a bandeira verde indica “condições favoráveis de geração de energia”. A tendência, de acordo com agentes do setor elétrico, é de que o patamar seja mantido nos próximos meses.
A bandeira verde está em vigor desde 16 de abril. De setembro de 2021 a 15 de abril, os consumidores pagaram um adicional de R$ 14,20 por 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, referentes à bandeira escassez hídrica. O patamar foi criado no ano passado em função da grave escassez nos principais reservatórios.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar os custos da geração de energia no País aos consumidores e atenuar os reajustes das tarifas e o impacto nos orçamentos das distribuidoras de energia, como a Aneel.
Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldade para geração era repassado às tarifas apenas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. Agora, os recursos são cobrados e repassados às distribuidoras mensalmente por meio da “conta Bandeiras”.
Para a Aneel, bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. Já as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 representam um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios e das chuvas.
Conta de luz deve ficar 6,5% mais barata com volta da bandeira verde, estima mercado
Após o anuncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o fim da bandeira escassez hídrica, em vigor desde setembro do ano passado, o mercado estima que a redução média na conta de luz do consumidor residencial deverá ser de 6,5%.
Pelas contas do governo, a conta de luz teria redução de cerca de 20% com o fim da cobrança de taxa extra para bancar o funcionamento de termoelétricas.
Especialistas afirmam, no entanto, que a queda deverá ser diluída com os reajustes tarifários das distribuidoras que serão estabelecidos ao longo deste ano. A PSR, maior consultoria de energia do País, estima que, em média, esses reajustes serão de 15%. Então, computados os aumentos tarifários em 2022, o número chega aos 6,5%.
Com informações do Estadão Conteúdo