Aneel apoia o plano de privatização da Eletrobras, diz diretor-geral

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, afirmou nesta quinta-feira (10) que o órgão regulador apoia o plano de privatização da Eletrobras.

A proposta apresentada para o processo de privatização da Eletrobras conta com uma alteração nos termos dos contratos das companhias hidrelétricas que são operadas pela estatal.

Uma das mudanças está relacionada a saída de algumas tarifas reguladores. De acordo com Pepitone, a agência concorda com a medida.

“A agência apoia essa ideia, a gente apoia a ‘descotização’. Apesar de no passado ter havido uma manifestação formal da Aneel questionando, sob essa nova gestão a Aneel apoia a privatização da Eletrobras, apoia a descotização”, disse o diretor.

No sistema utilizado atualmente, que está em vigor desde 2013, as companhias vendem energia com preços estabelecidos pela Aneel, que geralmente estão abaixo da média do mercado. Com a alteração as empresas poderão vender os recursos a preços livres, em troca de um bônus bilionário pago ao governo.

No entanto, Pepitone ressaltou que ainda está buscando formas de realizar as alterações do plano de desestatização sem prejudicar os consumidores por conta do aumento nos preços.

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“A descotização tem que ser feita de maneira equilibrada para que não gere impacto na tarifa, a gente tem que fazer os cálculos e encontrar uma maneira. Estamos discutindo”, afirmou o diretor-geral.

Aprovação dos parlamentares para a privatização da Eletrobras

Diferente da fala do presidente do Senado Federal, de que a Eletrobras não terá voto suficiente para privatização, uma pesquisa revelou que 50,5% dos parlamentares são a favor da desestatização da companhia.

Saiba mais: Privatização da Eletrobras teria aprovação de 50% dos parlamentares

A sondagem foi feita com 247 deputados federais e senadores entre os dias 23 de setembro e 8 de outubro. Apenas 36,5% se demonstraram contrários a privatização da companhia, 11,1% informaram não serem contra nem a favor e 1,9% não souberam ou quiseram responder. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou menos.

Em setembro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, havia afirmado que a proposta da privatização não teria votos suficientes na Casa. Segundo Alcolumbre, cerca de 48 senadores nordestinos e nortistas, “inclusive eu”, eram contra a desestatização da Eletrobras.

Giovanna Oliveira

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