A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta terça-feira (6) adiar a aplicação de reajuste tarifário para os consumidores da CPFL Paulista, subsidiária da CPFL (CPFE3) em São Paulo, tento em vista que o regulador está finalizando um conjunto de ações para “segurar as tarifas”. Os novos preços passariam a vigorar a partir da próxima quinta (8).
Segundo o diretor relator Efrain Pereira da Cruz, a casa estuda alternativas para manter a modicidade tarifária, em um momento que os reajustes se “mostram fora da realidade” e de grande vulnerabilidade da capacidade de pagamento dos consumidores por causa da pandemia. Decisão semelhante a que atingiu a CPFL foi tomada também hoje para a Energisa (ENGI11) em Mato Grosso.
De acordo com o diretor geral da Aneel, André Pepitone, tanto no caso da CPFL quanto da Energisa, tudo que está sendo feito com o acordo das distribuidoras.
Em 2020, CPFL não pode cobrar bandeiras tarifárias
Em 2020, as companhias de energia elétrica, como a CPFL, foram proibidas de realizar a cobrança de energia elétrica por bandeiras, também como medida para frear as altas dos preços em meio à pandemia. A medida, porém, foi bancada pela chamada conta-covid, com medidas de alivio para essas empresas dadas pelo governo.
As novas “ações administrativas” estão sendo tomadas, segundo André Pepitone, pelo mesmo motivo: conter as altas tarifárias. “Vamos precisar de mais alguns dias para concluir alguns cálculos”, disse. A expectativa é que uma decisão final seja tomada nas próximas duas semanas.
Alguns contratos das concessionárias de distribuição estão indexados ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que nos últimos 12 meses subiu mais de 30%. Alguns contratos de concessão de distribuidoras, porém, tem com índice de correção o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que também avançou consideravelmente.
A CPFL Paulista garante o suprimento de energia a 4,4 milhões de unidades consumidoras e a 234 de São Paulo
(Com Estadão Conteúdo)