O presidente do banco HSBC, André Brandão, aceitou neste sábado (1) o convite do governo para se tornar o novo presidente do Banco do Brasil (BBAS3). O executivo substituirá Rubem Novaes, que na semana passada apresentou seu pedido de renúncia ao cargo.
O novo presidente do Banco do Brasil trabalha no banco britânico HSBC desde 1999, quando entrou na área de renda fixa, vendas e câmbio. Em 2001 se tornou diretor de tesouraria do banco, se tornando em seguida diretor-executivo da tesouraria.
Antes de se tornar presidente, em 2012, Brandão foi diretor da área de mercado para a América Latina, e já atuou também no Citibank, seja em São Paulo que em Nova York.
Brandão é considerado um perfil próximo ao atual presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Ele foi escolhido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mas será nomeado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, assim como determinado pelo estatuto do Banco do Brasil.
Novaes deixa a presidência do Banco do Brasil
Novaes deixou a presidência do Banco do Brasil explicando que “a Companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”.
Contudo, o pedido de Novaes terá efeito a partir de agosto desse ano, em data a ser definida, segundo fato relevante divulgado pela instituição financeira.
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O executivo havia indicado sua vontade deixar o comando do banco estatal já em maio. Dessa forma, Novaes garantiu que a decisão antecipou a polêmica envolvendo a publicidade do banco e sites de fake news, que foi parar nos órgãos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU).
“Minha primeira mensagem para o PG [Paulo Guedes] antecede a esta questão do CGU. Simplesmente chegou a hora de sair e dar lugar a alguém da geração digital”, comunicou Novaes.
Ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, (BNDES), Rubem Novaes havia tomado posse do cargo de presidente do Banco do Brasil em janeiro de 2019, logo após o Guedes assumir o cargo de ministro.
Em sua cerimônia de posse, Novaes afirmou que assumia o comando do maior banco público do País livre de ‘interferências políticas’.
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Durante o evento, o agora ex-presidente do Banco do Brasil também anunciou que planejava vender ‘alguns ativos’ da instituição financeira, apesar de indicar que não venderia o que chamou de ‘joias da coroa’.