Indústria de fundos acumulou resgates de R$ 20,1 bi, segundo Anbima

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) informou nessa quarta-feira (20) através de relatório que, até 17 de abril, a indústria de fundos acumulou resgates líquidos de R$ 20,1 bilhões, em 2020.

De acordo com os dados informados pela Anbima, os multimercados perderam cerca de R$ 8,1 bilhões no mês, entretanto, em relação ao ano, as captações foram de R$ 13.250,1 bilhões.

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Já os fundos de ações representaram a maior captação de 2020 até agora, com R$ 45,2 bilhões, mas apresentaram uma perda de R$ 11,3 milhões no mês. Em relação aos fundos de renda fixa, os dados apresentaram um resgate de R$ 23,2 bilhões até o dia 16 desse mês, e em relação ao ano R$ 85,4 bilhões.

Por fim, o relatório apresentou que no total doméstico a indústria de fundos acumulou resgates líquidos R$ 36.967,4 bilhões em abril.

Emissões no mercado de capitais caem em março

A Anbima informou no último dia 7 que as empresas brasileiras emitiram cerca de R$ 19,7 bilhões de títulos no mercado de capitais em março desse ano.

Segundo a Associação, as emissões domésticas registraram uma queda 11,5% em relação a março de 2019 quando tinha sido R$22,26 bilhões, por causa dos efeitos da crise do novo coronavírus (covid-19).

Já em relação ao primeiro trimestre de 2020, a Associação salientou que as emissões das chegaram a R$ 81,4 bilhões. Ou seja, 34% a mais que as captações acumuladas no primeiro trimestre 2019, que somou R$ 60,6 bilhões no total.

Saiba mais: Anbima estuda acabar com rotulação de investidor por patrimônio

Já as 67 emissões de debêntures em 2020 chegaram a R$ 16,8 bilhões até a data de publicação do relatório.

Em contrapartida, em 2019 somavam R$ 28,1 bilhões, mesmo que apenas 56 emissões tenham ocorrido no primeiro trimestre do ano.

Anbima estuda acabar com rotulação de investidor por patrimônio

A Anbima informou em fevereiro que estudava pôr fim à classificação dos investidores com base no tamanho do patrimônio acumulado. Atualmente, os investidores são considerados “qualificados” ou “profissionais” quando possuem entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, respectivamente, em patrimônio investido.

A Anbima estuda solicitar junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o término da prática do oferecimento de determinados produtos de investimento somente para investidores com maior patrimônio.

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Laura Moutinho

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